30 outubro 2012
Trecho de Os 10 dias que abalaram o mundo
09 outubro 2010
Índio da Costa, um intolerante
Marcha da Família com Deus pela Liberdade - mas pode chamar de Golpe Midiático/Militar de 64 |
Provavelmente inflamado pela TFP - Tradição Família e Propriedade, organização de extrema-direita, católica, organizadora da "Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade", nome pomposo dado às manifestações de grupos reacionários que pediram pelo Golpe Militar, em 64, e que, agora, pedem a eleição de José "Aiatolá" Serra- o playboy tem posto as manguinhas de fora e manifestado sua sincera vocação para líder da juventude nazi. Disse, recentemente, que:
que as pessoas devem ter o direito de se manifestar, inclusive contra os gays
Será que o cacique merendinha é capaz de reconhecer sua mesma lógica nas seguintes declarações? será que as defenderia?
que as pessoas devem ter o direito de se manifestar, inclusive contra os negrosou
que as pessoas devem ter o direito de se manifestar, inclusive contra os judeusou
que as pessoas devem ter o direito de se manifestar, inclusive contra os evangélicosou
que as pessoas devem ter o direito de se manifestar, inclusive contra os ateusou
que as pessoas devem ter o direito de se manifestar, inclusive contra os X
?
Casos de intolerância sempre me fazem lembrar daquela citação atribuída ao pastor luterano Martin Niemöller, sobrevivente do Holocausto:
Primeiro eles viera atrás dos comunistas,
e eu não me manifestei porque eu não era comunista.
Então eles vieram atrás dos sindicalistas,
e eu não me manifestei porque eu não era sindicalista.
Então eles vieram atrás dos judeus,
e eu não me manifestei porque eu não era judeu.
Então eles vieram atrás de mim,
e naquele momento já não havia sobrado ninguém para se manifestar.
01 setembro 2010
O que eu penso sobre a homeopatia
Update: Atualizei às 15:54 para deixar o texto mais claro.
16 setembro 2009
Sarney e a democracia
Mesmo quando quer posar de democrata, o senhor feudal do Maranhão mostra exatamente o que é. Num discurso, que o Nassif achou belo, Sarney discorre em (suposta) defesa da democracia, através da defesa do parlamento (vs. mídia). Mas de qual democracia ele está falando?
Logo no começo temos uma pista: Sarney cita o intelectual republicano Francis Fukuyma, aquele do Project For The New American Century. Então esta é a democracia que agrada ao dono do Maranhão, a mesma que é do agrado dos imperialistas do PNAC. Ah, bom, isso é compreensível.
Em certo ponto, Sarney polemiza dizendo que:
a grande discussão que se trava é justamente esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós; e dizemos nós, representantes do povo: somos nós.
Vamos fingir que não sabemos que Sarney é dono dos principais veículos de comunicações do Maranhão, inclusive jornais, rádios e TVs e que não sabemos que é assim que ele constituiu seu poder feudal. E Sarney não é o único no parlamento a se beneficiar da posse de meios de comunicação: a dicotomia parlamento x mídia é falsa.
Logo no começo, Sarney (que é sempre bom recordar: é dos senadores brasileiros que mais atacam Hugo Chavez ) argumenta que "a democracia, quando é adjetivada já passa a não ser democracia", referindo-se à ditadura do proletariado. Defende a existência de uma democracia "pura", esquecendo-se que logo no início de seu discurso ele também adjetivou a sua democracia de preferência, aquela que não ameaça o seu poder feudal: a democracia liberal.
É interessante lembrar o que escreveu Lênin, em sua polêmica com Kautsky, sobre a questão da democracia "pura" e da ditadura do proletariado:
"É natural para um liberal falar de 'democracia' em geral. Um marxista nunca se esquecerá de colocar a questão: 'para que classe?' Toda a gente sabe, por exemplo - e o 'historiador' Kautsky também o sabe -, que as insurreições e mesmo as fortes agitações dos escravos na antiguidade revelavam imediatamente a essência do Estado antigo como ditadura dos escravistas. Essa ditadura suprimia a democracia entre os escravistas, para eles? Toda a gente sabe que não."
Ou seja, quando o Sarney fala em democracia liberal, qual a resposta à pergunta "para quem?" A democracia liberal é uma democracia burguêsa (ou uma ditadura da burguesia), ou nem isso, já que a oligarquia agrária, como a senadora escravista - e presidente da CNA - Kátia Abreu (DEM - TO), também é convidada a locupletar-se nela. Nesta democracia de uma minoria poderosa, a maioria do povo é excluída tanto do processo decisório quanto do usufruto dos bens produzidos pela sociedade, demonstrando as insuficiências no campo político e social. Nesta democracia, o parlamento não representa o povo, tem perfil muito distinto deste e dedica-se à politicagem mais rasteira, quando não à negociata pura e simples. Nesta democracia (ou ditadura da burguesia) o poder da classe dominante é mantido graças à violência praticada pelo Estado contra a classe oprimida, em favor da classe opressora.
Não devemos tratar a democracia liberal como um dógma, negando a existência de outras alternativas, como diz Sarney, citando o "fim da história". Devemos procurar construir uma democracia que seja realmente um "poder do povo" e isto só é possível através de transformações profundas de nossas instituições que, mais do que protegidas, devem ser debatidas e reformadas, para dar um caráter popular ao nosso Estado de raízes aristocráticas.
À questão apresentada por Sarney, sobre qual instituição realmente representa o povo - se mídia ou parlamento - devemos responder: nenhuma. O ideal seria construirmos uma democracia em que fosse possível responder: ambas.
PS: Eu nunca vou aceitar este vocabulário liberal que trata por "democracia" um sistema em que há fome, miséria, mortes por doenças facilmente curáveis e analfabetismo, mas trata por ditadura outro que alimenta, educa, cuida e ampara. É sempre necessário perguntar, como ensina Lênin: "para quem?"
12 setembro 2009
02 setembro 2009
19 agosto 2009
A blogosfera anda meio deprimida. Eu tenho as mesmas impressões que o Rafael Galvão, do ponto de vista de um leitor de blogs, não de um blogueiro (que não sou, a baixa qualidade e produtividade deste blog não me permite o rótulo).
Acho que o primeiro blog que eu li foi o do Biajoni, e achei legal, comecei a acompanhar esporadicamente. Não sei se no blogroll ou nos comentários eu descobri o supra-citado Rafael Galvão.
Na época o Rafael escrevia quase todos os dias, o que fez que o vício pegasse rápido. Depois dele me viciei em biscoitos finos, que agora hibernam. Pois este último vicia muito. Até quando escreve sobre futebol, assunto sobre o qual eu não tenho o menor interesse, é interessante.Em vários momentos de agitação política (como nas eleições de 2006 e em várias outras ocasiões em que a oposição armou o circo), sempre havia um post interessante do Idelber, lúcido, coerente, argumentando racionalmente em favor de sua posição.
Fazia já um tempo que ele não postava quando anunciou a hirbenação do blog. Chiça!
Ai eu descubro que o prof. Idelber não está a blogar, mas está a tuitar. Então eu fui para lá também, hora essa: @eltonbcastro
E estou seguindo @iavelar vai ajudar a suportar a abstinência.
14 agosto 2009
Fala com a minha mãozinha
Li que o The Economist fez um editorial em que critica o governo brasileiro. Entre outras coisas o tabloide neolibereca critica Lula por apoiar o que a Economist chama de "autocracias", em aparente referência a Hugo Chavez (autocrata, então, é alguém que está no poder após ganhar 8 eleições limpas, contar com o apoio da maioria absoluta da população em um dos poucos países do mundo em que a população pode convocar um plebiscito a qualquer momento para revogar o mandato presidencial, sem apelar para golpes).
Aproveitaram, também, para dar seu apoio aos gorilas golpistas de Honduras (que, aparentemente, não são autocratas, pois contam com o apoio de homens-bons como os editorialistas do jornal neoliberal, mas não da maioria da população hondurenha).
Lembrei-me, também, de quando el rei de Espanha (aquele que só se tornou rei porque o fascista Francisco Franco nomeou-o seu sucessor) mandou o Chavez calar-se.
Vejam só o ridículo: súditos da monarquia inglesa e o próprio monarca de Espanha querem dar pitaco na democracia alheia!
E ai alguém pode dizer: "mas são monarquias constitucionais". Outro diria: "mas quem apita mesmo é o primeiro ministro!" Ao que replico: grandes bostas. Porque, a admtir que os cidadão dividem-se em duas castas - nobres e plebeus - suas constituições negam um condição sine qua non das verdadeiras democracias: os seres humanos são iguais em direitos! Um sistema com cargos e atribuições que passam por hereditariedade sanguinea é essencialmente não democrático.
Alem da rainha, o sistema bicameral inglês é composta por um parlamento (House of Commons - casa dos comuns) e a House of Lords (uma espécie de senado, com a função de manter a Inglaterra conservadora) é constituida por estes membros. As formas de nomeação são essas. Muito democrático, sim senhor.
Espanha e Inglaterra se regem por sistemas políticos ridículos, anacrônicos e intrinsecamente antidemocráticos.
Se os venezuelanos ficarem de saco cheio do Chavez, basta que se faça um plebiscito revogatório. Se isso der muito trabalho, é só esperar as próximas eleições e votar em outro candidato. Simples assim.
Se os inglêses se tocarem que é uma vergonha ter uma rainha em pleno século XXI, eles fazem o que? Uma revolução armada? Guilhotinam a rainha?
"Quer dizer que, agora, vagabundas molhadas atirando facas por aí são a base do sistema de governo!?"
22 julho 2009
Um blog zumbi
Este blog ainda não remorreu. Estou de férias. Já fui de São Carlos (SP) para Goiânia visitar meu sogro Beto (pretendo escrever algo sobre ele algum dia, militante de esquerda cheio de histórias, que foi médico em Xapuri e amigo de Chico Mendes), de lá para Caldas Novas, onde meu filho aprendeu a mergulhar na base do susto, então para o Gama (DF), visitar a sogra dos meus sonhos, voltei para São Carlos no mesmo dia, quando jantei com o Bruno, vindo no dia seguinte para Dracena(SP) visitar a minha mãe. Cansa. Mas é bom. A Marina dirigiu o percurso todo, claro.
08 julho 2009
Saudades
Hoje, reli o texto de Nataniel Jebão que linquei quando da morte de Fausto Wolff. convido-os a fazer o mesmo. Dizem que a senhorita Nina Rolas é flagrada quase todos os dias a mijar no túmulo do colunista social, dizendo que cada um chora por onde sente saudades.