29 novembro 2005

Dossiê FHC

Escrito pelo deputado Walter Pinheiro em 2000:
"Dossiê FHC - Os escândalos, favorecimentos e ajeitados de Fernando Henrique Cardoso, o Entreguista". Formato PDF.

Qual será o próximo alvo dos EUA

Não sou a favor de corridas armamentistas, mas as vezes pode ser um mal necessário.

O governo Bush (governo por que sozinho ele não consegue comer um pretzel) já articulou um golpe que chegou a derrubar Hugo Chávez por alguns dias e com certeza não descarta uma invasão. Como preferem presas fáceis é melhor boicotar vendas de armas à Venezuela. Tudo em busca do precioso óleo.

EUA tentam boicotar compra bélica

O mesmo óleo que Chávez usa para desferir um tapa com luva de pelica em Bush. Muito esperto mostra aos estadosunidenses que não é a encarnação do mal ao vender óleo de calefação a preços muito abaixo do valor de mercado. Sabe que sem o apoio da população é impossível viabilizar uma guerra.

Venezuela começa a distribuir óleo para pobres dos EUA

Bem que outros governantes poderiam seguir o exemplo de Chávez e conquistar outros países ajudando seu povo ao invés de bombardeá-lo. Os próprios estadosunidenses deveriam perceber que bastaria tratar os povos árabes com o mínimo de respeito para que não houvessem mais atentados terroristas. Enquanto não percebem o melhor mesmo é comprar algumas armas.

22 novembro 2005

O que defende quem defende Bush e a invasão do Iraque III


Tortura: http://www.msnbc.msn.com/id/4926710/

O que defende quem defende Bush e a invasão do Iraque II

A prisão e o estupro de meninos por soldados estadunidenses.

Seymour Hersh, jornalista da revista New Yorker, afirma existirem videos de posse do Pentágono que mostram meninos sendo sodomizados por soldados estadunidenses em Abu Graib. "O pior de tudo é o som dos meninos gritando", disse Hersh. Em (http://informationclearinghouse.info/article6492.htm) é possível ver a declaração de Seymour Hersh em uma conferência da American Civil Liberties Union, acompanhada de transcrição das declarações.

No relatório Taguba, resultado de investigações das denúncias de tortura em Abu Graib, encontra-se o depoimento de testemunhas do estupro de meninos, o que reforça as declarações:

I saw [name deleted] fucking a kid, his age would be about 15 - 18 years. The kid was hurting very bad and they covered all the doors with sheets. Then when I heard the screaming I climbed the door because on top it wasn't covered and I saw [name deleted] who was wearing the military uniform putting his dick in the little kid's ass. I couldn't see the face of the kid because his face wasn't in front of the door. And the female soldier was taking pictures. [name deleted], I think he is [deleted] because of his accent, and he was not skinny or short, and he acted like a homosexual (gay). And that was in cell #23 as best as I remember.

Este trecho do relatório pode ser obtido do site do jornal Washington Post (http://media.washingtonpost.com/wp-srv/world/iraq/abughraib/151108.pdf).

Sobre o PT e o "ouro de Havana"

Do bom site Duplipensar - que se inspira evidentemente em George Orwell (que chama de Duplipensar o fato de alguém acreditar ou defender duas idéias mutuamente contraditórias) - uma análise sobre acontecimentos recentes mostrando os interesses políticos por trás da onda de denuncismo e a evidente perseguição ao governo Lula e ao PT como forma de perseguir toda a esquerda. Um texto lúcido e que não poupa o governo Lula, a quem o autor chama de Lulla:
Veja e o Ouro de Havana

21 novembro 2005

O que defende quem defende Bush e a invasão do Iraque


Tropas estadunidenses matam civis no Iraque, de novo.
Os soldados atiraram em uma minivam que levava uma família a um funeral, 5 pessoas morreram, 3 eram crianças.
http://www.aljazeera.com/me.asp?service_ID=10181

13 novembro 2005

Mil Faces de Um Tucano

Publicado originalmente pela revista Carta Capital:

MIL FACES DE UM TUCANO
Que tal relembrar o dia em que o enfático senador Arthur Virgílio assumiu ter feito caixa 2 na campanha eleitoral de 1986?

Por Maurício Dias

O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB, tem se destacado nos últimos meses como um dos mais implacáveis adversários do governo do PT e, pessoalmente, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, por sinal, tem recebido dele insultos verbais e ameaças físicas, desferidas da tribuna do Senado brasileiro.

V
irgílio, viripotente, soma à valentia de carateca praticante um discurso em defesa da ética absoluta no exercício da política. Tem dito com ênfase, por exemplo, que não admite o uso de “dinheiro não contabilizado” em campanhas eleitorais. Por isso, acusa Lula de promover um “escandaloso esquema de corrupção no País”.

Rigoroso e inarredável na suposta defesa dos melhores princípios, ele assinou, há poucas semanas, a nota oficial do bloco PFL/PSDB, na qual Lula é acusado ter justificado “gravíssimo crime eleitoral” e de ter criado uma “cínica versão” – a do caixa 2 – para o dinheiro esparramado por Marcos Valério nas campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores e aliados nas eleições de 2002 e 2004.

A nota tucano-pefelista referia-se à entrevista que Lula deu, em Paris, quando sustentou que “o PT fez, do ponto de vista eleitoral, o que é feito no Brasil sistematicamente” e provocou uma chuva cínica de relâmpagos e trovoadas.

Não se sabe se a valentia do senador Arthur Virgílio já foi posta à prova por algum outro valentão. Mas o rigor ético que ele enverga agora não fica de pé um segundo diante das declarações que ele deu ao Jornal do Brasil. Publicadas na página 9, da edição do dia 19 de novembro de 2000, elas nocauteiam a ética que o senador ostenta agora.

“Em 1986, fui obrigado a fazer caixa 2 na campanha para o governo do Amazonas. As empresas que fizeram doação não declararam as doações com medo de perseguição política”, disse ele, em matéria assinada por Valdeci Rodrigues. O repórter anotou, após essa afirmação, que o então deputado “ficou tranqüilo porque esse crime eleitoral que cometeu já está prescrito”.

A reportagem, que tem o título de “Ilegalidade é freqüente”, trata da denúncia de que houve doações de mais de R$ 10 milhões à campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso que não foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral.

“Vamos acabar com mocinhos pré-fabricados e bandidos pré-concebidos. Neste país, o caixa 1 é improvável. A maioria das campanhas tem caixa 2”, declarou Virgílio, em 2000, como se fosse o inspirador do que Lula diria cinco anos depois.

Quando se trata da existência de caixa 2 nas campanhas eleitorais no Brasil, parece que o filme a que se assiste é um velho clássico reprisado de quatro em quatro anos.

As declarações de Virgílio sugeriram o seguinte comentário do procurador da República Guilherme Schelb, também publicadas pelo Jornal do Brasil: “Quando buscam a defesa atacando os outros, estão reconhecendo que também adotam a mesma prática”.

Deve-se, no entanto, elogiar a coerência de Arthur Virgílio. Ele é sempre enfático. Tanto agora, como senador, quando critica a existência de caixa 2, quanto em 2000, como deputado, quando defendia a existência dela. Não será, no entanto, por ter usado caixa 2 (na era pré-delubiana) que se pode acusar o tucano de ser um corrupto. O político que não concordar com isso que atire a primeira pedra.

Canção do suicida

Para começar bem este blog, um poema de Bandeira:

Canção do Suicida
Não me matarei, meus amigos.
Não o farei, possivelmente.
Mas que tenho vontade, tenho.
Tenho, e, muito curiosamente,

Com um tiro. Um tiro no ouvido,
Vingança contra a condição
Humana, ai de nós! sobre-humana
De ser dotado de razão.