31 agosto 2007

Crise de identidade

Percebi que tem algumas pessoas que comentam blogoseira afora e se assinam simplesmente "Elton", como eu faço.

Para evitar confusões, passo a assinar "Chapado", que diz muito mais sobre minha pessoa.

30 agosto 2007

A velha hipocrisia dos moralistas

Uma matéria da Economist sobre a redução do apoio à pena de morte nos EUA trás a seguinte informação:


Capital punishment is hardly controversial in Texas. Nearly three-quarters of Texans approve of it. In June the governor signed a law that would make some people who rape children eligible for it. But Texas is special. It now accounts for nearly half of all executions in America, of which there have been over 1,000 since 1976. During the six years in which George Bush was governor, the state put 152 people to death. No other governor in America's recent history except his successor, Rick Perry, has overseen so many executions.


E ele tem coragem de dizer que pesquisa com célula tronco é imoral ou antiético. O Hermenauta é que está certo:


Um conservador é alguém para quem a vida começa na concepção e acaba no nascimento.

Software Livre III - Open-Source

Os softwares livres se baseiam em um novo conceito de copyright onde a cópia é permitida gratuitamente desde que se mantenham os créditos aos criadores, créditos e não royalties. Ou seja, o que é criado pode ser utilizado e modificado livremente sem custos. Isto é conhecido como open-source ou copyleft, e quem estiver lendo as últimas publicações sabe como esta estratégia vem se popularizando na produção de softwares.

Nos últimos anos esta idéia de código livre tem se expandido para outras áreas, sempre com a ajuda da internet. Creio que a maioria dos internautas já está familiarizada com o Wikipedia. O principio é o mesmo, mas o objetivo é uma enciclopédia gratuita e editável por qualquer pessoa. Talvez possa ser um pouco decepcionante navegar na versão em português, creio que pelo pequeno número de colaboradores alguns textos ainda são bastante fracos. Recomendo o acesso à versão em inglês.

Outro exemplo é a arquitetura livre utilizada pelo projeto Architecture for Humanity. Utilizando a mesma idéia de código livre, arquitetos de todo o mundo ajudam a desenvolver soluções voltados para os mais necessitados, sejam as vitimas de catástrofes naturais, guerras ou das mazelas do mundo subdesenvolvido.

E se este conceito fosse utilizado para o desenvolvimento de remédios? Um grande número de pesquisadores gerando dados e experiências, imediatamente e gratuitamente compartilhando as informações. Poderia ser semelhante ao projeto de arquitetura, focando nas doenças que mais afligem os países pobres e não são financeiramente interessantes para os grandes laboratórios.

Acho que a tendência vai ser a extinção de royalties e copyright, mas até lá teremos um longo caminho. Comecemos aos poucos.

29 agosto 2007

Software Livre II

Interessante que na área de informática sempre existiu a idéia de que software não deveria ser pago, por não ser físico não deve ter valor. O pessoal da IBM deveria pensar algo similar quando se reuniu com Bill Gates e lhe entregou o mercado de sistemas operacionais. Na internet ocorre o mesmo, não é muito popular o pagamento por conteúdo virtual.

Esta mesma idéia vem destruindo o mercado da música. Atente que há uma grande diferença entre música e mercado da música, sendo que só o segundo esta perdendo. Uma maioria sempre esteve disposta a pagar por discos de plástico, mas não apenas pelo conteúdo musical como no caso do mp3. As gravadoras se debatem, mas provavelmente não conseguirão se manter. Num futuro próximo devem surgir mais bandas independentes, divulgam a música com mp3, clipes no you tube e ganham dinheiro é com show mesmo.

Com softwares creio que a tendência é a mesma. A internet possibilitou que programadores trabalhassem juntos utilizando seu horário de lazer em projetos sem proprietário e sem objetivos financeiros. Conforme a internet se populariza, surgem mais programadores conectados, e uma pequena porcentagem destes passa a colaborar com este tipo de trabalho. Como a rede já chega a centenas de milhões, esta pequena porcentagem gera um exército de programadores maior que o de qualquer empresa privada. Todos gerando código sem cobrar por nada.

A qualidade destes códigos é excelente, muitas vezes superando softwares proprietários. Correções são feitas mais rapidamente e sugestões de usuários são adicionadas com mais facilidade. Ainda teremos que conviver com softwares domésticos pagos por um tempo, mas apenas porque as pessoas ainda estão acostumadas com o padrão destes.

Antes que eu me esqueça:Suspenso pregão da Receita para compra de R$ 40 milhões em Office

28 agosto 2007

Software Livre

Alguns anos atrás o governo passou a incentivar o uso de sotware livre em seus órgãos, mas agora a
Receita Federal quer gastar 40 milhões comprando MS Office. O texto do atalho rebate os argumentos utilizados para optar por este pacote e ainda cita algumas vantagens de uma solução em código aberto, BrOffice no caso.

Um consumidor tem o direito de adquirir produtos da marca que preferir, por mais besta que seja o motivo. Já quando o governo gasta dinheiro não tem este mesmo privilégio, pois todo o povo arca com os custos. Tem sempre que buscar a solução mais barata que atenda seus requisitos. Sem excelentes motivos não pode optar por uma marca mais cara. No caso a opção tem que ser feita entre um software gratuito e um bastante caro, sendo que escolheram jogar dinheiro público para os bolsos do Bill Gates sem qualquer justificativa.

Alegam que os usuários estão habituados com o MS Office. Verdade, mas com a versão antiga que se assemelha mais ao BrOffice do que a versão que se pretende adquirir. Integração com sistemas? Acredito que caiam no mesmo problema das versões, sendo que com menos de 40 milhões seria possível alterar tais sistemas. Além disto a Receita já possui diversas licenças de MS Office, que podem ser utilizadas em um período de transição.

18 agosto 2007

Ilusões de ótica III

Há cerca de uns três dias, reabilitei o SiteMeter que faz as estatísticas de visitas do blog.
Nestes dias o post que, de longe, recebeu o maior número de visitas é o chamado Ilusões de Ótica, com 20 views na frente do segundo colocado, nada mais, nada menos que Ilusões de Ótica II.

Confira aqui o ranking do SiteMeter.

Pois bem, resolvi fazer uma experiência, criar este post "cata-corno google". Com tags, com uma imagem intrigante:
Com link para uma das melhores páginas de ilusão de ótica que conheço.

Gnorante, sinta-se à vontade para atualizar este post ao seu bel prazer. Façamos dele o post mais visitado deste josta, pelo Bem da ciência bloguística. E vocês sabem como eu respeito a ciência, aliás, a ciência dá explicações para ilusões de ótica. Eu tive que escrever isto.

E, já que enveredei pelo caminho sem volta das expressões desonestamente construídas para atrair visitantes, deixe-me cometer mais uma, com licença: optical illusions.

Que boferinha este "Cansei"

Francamente, mas que bufa sem cheiro foi este Cansei.

Primeiro, foi ridicularizado à direita e à esquerda. Até o Jô, insuspeito de lulismo, ridicularizou a patota.

Então a OAB-RJ denunciou o golpismo do movimento e a OAB nacional decidiu não apoiá-lo.

Depois fizeram a campanha com as "quatro cavaleiras do apocalipse": a maior concentração de botox do planeta. Eita mulherada feia. A Ivete Sangalo deve estar realmente empolgada com movimento, parece estar fazendo até greve de fome. Outra coisa sobre a infeliz foto da infeliz peça publicitária com as infelizes senhoras: usar uma cabo-eleitoral do Paulo Maluf e uma puxa-saco do gângster ACM em uma campanha que, entre outras coisas, se diz contra a corrupção, é para matar a gente de rir. Este Nizan Guanaes só pode ser piadista, (duvido que seja burro).

Burro mesmo é o Zottolo, presidente nacional da Philips, que em entrevista ao Valor, na qual tentou recuperar sua imagem desgastada por se envolver com o Cansei, disse que se o Piauí sumisse ninguém ia sentir falta.

Olhe o resultado em Teresina:

No site da TV Cidade Verde há um vídeo desta manifestação com "espírito de piauiensidade". Deve ser a primeira vez que um repórter de TV enche a bola da União da Juventude Socialista.

A OAB-PI resolveu passar um pito no Sr. Zottolo.

Hoje, os "cansados" queriam fazer a "coisa" dentro da cadedral da Sé (era mais seguro, povo dá medo), o padre-zelador tinha deixado. Mas o arcebispo não sabia de nada e, quando soube, proibiu a palhaçada.

Foram obrigados a fazer do lado de fora.

Separam os VIPs (ou seria VTP, very tired person?) do resto da "gentalha" que, como diria o Figueiredo (do qual ninguém se cansou), não cheira tão bem quanto os cavalos. Deve ter sido idéia da Ivete, é assim que acontece nos carnavais em Salvador, os filhinhos de papai vão seguindo os trios elétricos e o povão, separado por cordas, vão pelo lado de fora, na "pipoca" (e aparentemente, não se cansam, nosso povo é mesmo manso demais).

Nisso de separar as convencidas celebridades do resto dos meros mortais acabaram deixando de fora da categoria Very Important Persons nada menos, vejam só, que os parentes da vítimas do acidente com o avião da TAM. A mãe de uma das vítimas disse "Fomos usados. Estávamos aqui para prestar uma homenagem às vítimas e nem isso conseguimos fazer".

Então chegou a hora de cantar o Hino Nacional. Estava programado para Agnaldo Rayol cantar com Ivete Sangalo, mas ela não sabe a letra e ele teve que cantar sozinho.

Os organizadores dizem que estavam lá 5.000 pessoas, a CET diz que eram 4.000, a PM fala em 2.000. Mesmo que tenha sido 5.000, esta quantidade de pessoas no centro de São Paulo é nada. Deve ter domingo de chuva com este mesmo tanto de gente no centro de São Paulo.

Parece que já se anuncia uma debandada do movimento que já não era muito cheio. A OAB-SP anunciou que a OAB-GO e a OAB-DF haviam aderido, mas eles não foram avisados.

Uma coisa que eu acho engraçada é isto do Urso da OAB-SP ficar repetindo que o movimento é apartidário, como se o movimento fosse se tornar realmente apartidário só em dizê-lo.

Apartidário é o caralho! (Fonte: Vi o mundo)

E outra prova de apartidarismo, do blog do Gustavo Petta:
Só trocaram o Alckmin pela Ivete.

Chega, que esta pequena farsa dos vagabundos endinheirados de SP não merece mais atenção que isto.

PS: Li em algum lugar que eles estava pagando R$19 por dia para os caras que estavam fazendo panfletagem (ou seja, de explorar o trabalho alheio eles não cansam). Mas não achei o link da notícia. Quem tiver, favor mandar.

14 agosto 2007

TED

TED, pelo que entendi, é uma conferência anual de idéias em que se apresentam destaques em áreas científicas, políticas etc. O evento ocorre há alguns anos e o mais interessante é que no sítio é possível assistir a várias palestras.

Dentre as poucas que assisti recomendo a do biólogo Aubrey de Grey, falando sobre o processo de envelhecimento, porque e como devemos impedi-lo.

10 agosto 2007

Acordei com uma idéia conservadora

Hoje acordei com um pensamento estranho, uma idéia pronta que não sei de onde surgiu. A diminuição da jornada de trabalho levaria ao caos.

O fim da jornada inglesa, 40h/5dias, faria com que a produção diminuísse drasticamente. Surgiria recessão reforçada a cada ciclo, a quebradeira das empresas aumentaria o desemprego e haveria falta de produtos essenciais. Mergulharíamos em uma idade de trevas, algo como uma idade média contemporânea que duraria alguns séculos.

Parei por um momento e resolvi raciocinar. A jornada seria reduzida gradativamente, permitindo que toda a economia se acomodasse após cada passo. O desemprego diminuiria, pessoas teriam mais tempo para o lazer ou outras atividades enobrecedoras. Com cidadãos mais felizes viria a redução de muitos problemas, creio por exemplo que o desejo de matar o próximo diminuiria.

Ufa! Achei que aquelas previsões de que ao envelhecer nos tornamos conservadores, a la Edukators, estivesse acontecendo comigo. Resolvi então escrever um pequeno guia:

Guia do que fazer quando surgir uma idéia conservadora?
1º Passo - Pense racionalmente.
2º Passo - Se a idéia persite retorne ao 1º Passo.

07 agosto 2007

Editoriais

Marco Aurélio Weissheimer, em um artigo chamado "O que os editoriais da Globo podem nos ensinar", menciona um editorial de O Globo, de 25 de maio deste ano:

Intitulado “Escolha de aliados”, o editorial “recomenda” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem devem ser seus aliados e quem estão proibidos de sê-lo.

...

Quem são os gatos colocados no mesmo saco: os manifestantes que ocuparam as instalações da hidrelétrica de Tucuruí, o MST e movimentos similares, os sindicalistas contrários à emenda 3 e os estudantes que ocuparam a reitoria da Universidade de São Paulo (USP). O editorial não economiza qualificativos para definir esses movimentos: terroristas, ultra-esquerdistas, inimigos da democracia, autoritários e populistas. Sem estabelecer qualquer distinção entre esses diferentes episódios, articula-os como uma suposta escalada autoritária que estaria ameaçando a Constituição e a democracia brasileira. E defende que o presidente Lula se afaste imediatamente desses antigos aliados e também dos “populistas” Evo Morales e Hugo Chávez.

...

O editorialista de O Globo escreveu: “Muitas dessas organizações que atentam contra a ordem constituída se valem de antigas alianças com o PT e da proximidade do presidente, que, de forma temerária, já permitiu que uma bandeira do MST fosse desfraldada em seu gabinete, enquanto ostentava um chapéu do movimento como se fosse um dos militantes que desrespeitam a lei ao invadir propriedades privadas e depredar instalações de empresas. Espera-se que, assim como Lula parece ter entendido o que de fato representa para o país em ameaças a ação deletéria dos populistas Hugo Chávez e Evo Morales no continente, também compreenda que, para levar adiante o projeto de colocar o Brasil num longo ciclo de crescimento sustentado, terá de abandonar pela estrada antigos aliados, beneficiários de todo um arcabouço de normas e leis feitas para transferir dinheiro público para minorias privilegiadas”.
Grifos meus. Diga aí se não dá vontade de enfiar uma muquecada nas fuças do sujeitinho que escreveu estas merdas. Compare com editorial de 1964, da postagem anterior. Não mudaram nada.

Dona Zelite também estava cansada há 43 anos

...tudo a ver!


Editorial de O Globo, de 2 de setembro de 1964:

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.


Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo. Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.


Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo. As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, "são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.


No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, consequentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei. Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.


Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo. A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.


Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.


A velha estória da democracia sem Povo, tão sonhada pela Dona Zelite, aquela velha escrota. Bem que ela poderia morrer de cansaço. Ou então, engasgada com algumas verdades que ela é obrigada a engolir.

Nó na cuca

A elite nacional tentando entender o Brasil


A gente sabe que, infelizmente, o número de pessoas que lêem jornal ainda é muito reduzido no País e mesmo os que vêem os noticiários pela televisão não constituem maioria.
- Deputado Antonio Carlos Pannunzio,
do PSDB, tentando explicar por que a malandragem da "crise" ainda não derrubou o Lula


Os itens, por exemplo, de segurança, como airbag, ABS, os itens de conforto, como os novos tipo de CD mp3, essa coisa toda. Então, você vai, o país vai crescendo com essa coisa toda. Então, a nossa visão é de que o governo sinaliza, com toda a nitidez a manutenção da estabilidade, a inflação sob controle, as taxas de juros devem cair ainda mais, elas vão caindo naturalmente e nós achamos que até o final do Governo Lula, eu não digo um crescimento já assim como está acontecendo esse ano, mas crescer, continuaremos a crescer pelo menos até o fim do Governo Lula.
- Sérgio Reze,
presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos, falando sobre o aumento de vendas no setor, especialmente de motocicletas, dando uma idéia do quão por fora a D. Zelite, aquela velha escrota, está.

O Paulo Henrique Amorim fez o seguinte comentário sobre esta ladainha da velha escrota:
Quer dizer, então que, quando o povo brasileiro elegeu o presidente Fernando Henrique Cardoso duas vezes, a maioria tinha PhD na Sorbonne e um padrão de vida de Orange County, na California ?



05 agosto 2007

Classe Média

Este está rodando na Internet mais que dentadura em boca de velho. Coisa boa tem que ser divulgada, mesmo.


A letra:

Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida

O francês inventor da sociologia


Paulo Henrique Amorim escreve sobre FHC, um dos filhos favoritos da Dona Zelite, aquela velha escrota:

Podem tirar o Honda da chuva

As madamas paulistanas que resolveram gastar a sola e o salto-alto de seus sapatos, comprados dos muambeiros de luxo da Daslu, desfilando em protestos contra o petulante membro da senzala que resolveu dar ordens à casa grande, podem tirar o Honda da chuva:

Do Vermelho:

Datafolha mostra que popularidade de Lula segue inalterada

Pesquisa nacional do Datafolha realizada nos dias 1 e 2 de agosto, duas semanas após o acidente da TAM em Congonhas que matou 199 pessoas, mostra que 48% dos brasileiros acham que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua ótimo ou bom.


O percentual é idêntico ao registrado em março e praticamente igual ao que Lula tinha no início de outubro de 2006 (49%). Os números mostram que, ao contrário do que insiste a mídia hegemônica e parte da elite brasileira, a população tem discernimento suficiente para não atribuir tragédias dessa natureza a eventuais problemas do governo.


Entre o mês de março e agora, a taxa de ruim/péssimo do governo apenas oscilou, de 14% para 15%. Em outubro passado era maior: 17%.


A reportagem da Folha de S.Paulo deste domingo (5) mostra o inconformismo do jornal diante dos números. Entre as explicações para a não-alteração da popularidade do presidente estão o fato de que a grande maioria dos brasileiros é pobre e a constatação de que apenas uma minoria viaja de avião (8%).


Além disso, a Folha entende que a boa situação do país a situação econômica do país e a cada vez maior eficiência do programa Bolsa Família “também ajudam a entender a manutenção da alta popularidade de Lula”. Apenas isso e nada mais que isso.


Avaliação inadequada


Entre os mais ricos, com renda familiar mensal acima de dez mínimos (R$ 3.500), a avaliação do presidente Lula despencou sete pontos entre março e agora. Mas entre os que ganham até cinco mínimos (R$ 1.750), ela oscilou positivamente dois pontos –dentro da margem de erro do levantamento.


É nesse nicho que o jornal dos Frias se agarra. O trecho abaixo é emblemático: “A variação mais significativa na avaliação de Lula ocorreu entre os brasileiros com renda familiar mensal acima dos dez salários mínimos (R$ 3.500), segmento no qual 39% costumam viajar de avião, taxa cinco vezes maior do que a verificada entre o total dos entrevistados. Comportamento semelhante ocorreu entre os pesquisados quando se leva em conta o grau de escolaridade”.


Para os Frias, somente essa parte da população (cerca de 7% dos brasileiros) é capaz de fazer uma avaliação adequada do governo. No total, o Datafolha ouviu 2.095 pessoas em 211 municípios em todas as regiões do país. Talvez o jornal devesse enviar para essas regiões mais do que pesquisadores, mas também alguns repórteres para descobrir que há um Brasil diferente daquele a que pertence a “população esclarecida” do país.


Paulo Henrique Amorim trata da perplexidade de Eliane Catanhêde diante dos fatos: A MANICURE DA ELIANE


Nossa cansada elite

Correndo-se o risco de transformar este blog em mero mirror do blog do Hermenauta:



Descrição encontrada no Youtube:
Entre os que confessam já ter feito a 'brincadeira', estão o neto de Leonel Brizola, Bruno Chateaubriand, apresentador do 'Viva a Noite', Boninho, diretor de TV, e Narcisa Tamborindeguy.

Agora me digam: E se um pedreiro que está passando na hora resolve revidar e jogar um PEDREGULHO na fuça deles? O que aconteceria?

Cambada de filhos da puta!
Bruno Chateaubriand é neto do Brizola?

Atualização 06/08/2007
Parece que este vídeo cai no Youtube e quase imediatamente sai. Que merda! Em breve tocarei um pouco neste assunto dos vídeos removídos e dos perfis banidos, especialmente o de um dos meus usuários favoritos, o Anticonsumer.

Os videos podem ser encontrados no site do jornal Extra Aqui e Aqui. O que eu havia postado é o segundo.

Parece que o neto do Brizola é o moleque que aparece no primeiro vídeo, e é quem faz as entrevistas na festa do Boninho.