Os softwares livres se baseiam em um novo conceito de copyright onde a cópia é permitida gratuitamente desde que se mantenham os créditos aos criadores, créditos e não royalties. Ou seja, o que é criado pode ser utilizado e modificado livremente sem custos. Isto é conhecido como open-source ou copyleft, e quem estiver lendo as últimas publicações sabe como esta estratégia vem se popularizando na produção de softwares.
Nos últimos anos esta idéia de código livre tem se expandido para outras áreas, sempre com a ajuda da internet. Creio que a maioria dos internautas já está familiarizada com o Wikipedia. O principio é o mesmo, mas o objetivo é uma enciclopédia gratuita e editável por qualquer pessoa. Talvez possa ser um pouco decepcionante navegar na versão em português, creio que pelo pequeno número de colaboradores alguns textos ainda são bastante fracos. Recomendo o acesso à versão em inglês.
Outro exemplo é a arquitetura livre utilizada pelo projeto Architecture for Humanity. Utilizando a mesma idéia de código livre, arquitetos de todo o mundo ajudam a desenvolver soluções voltados para os mais necessitados, sejam as vitimas de catástrofes naturais, guerras ou das mazelas do mundo subdesenvolvido.
E se este conceito fosse utilizado para o desenvolvimento de remédios? Um grande número de pesquisadores gerando dados e experiências, imediatamente e gratuitamente compartilhando as informações. Poderia ser semelhante ao projeto de arquitetura, focando nas doenças que mais afligem os países pobres e não são financeiramente interessantes para os grandes laboratórios.
Acho que a tendência vai ser a extinção de royalties e copyright, mas até lá teremos um longo caminho. Comecemos aos poucos.
30 agosto 2007
Software Livre III - Open-Source
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2 comentários:
Acho que um projeto de arquitetura (não a sua execução, evidentemente) é algo bastante diverso do desenvolvimento de medicamentos. Enquanto a criação de projetos baratos de arquitetura (e também os artigos da Wikipedia) demanda somente criatividade, conhecimento e disposição, a pesquisa farmacológica exige tecnologia e infraestrutura geralmente caras.
O wikipedia possui um custo alto para a manutenção de servidores pago através de doações. Não sou especialista na área de desenvolvimento de remédios, mas vou supor um custo muito mais alto. Porém creio que curar doenças atrairia muito mais dinheiro do que a enciclopédia. Talvez até grandes investimentos pela ONU ou governos. Poderia ser também um projeto integrando universidades espalhadas pelo mundo.
Acredito que o compartilhamento de informações por diferentes grupos de pesquisa levaria a uma grande economia de dinheiro e maior eficiência no desenvolvimento.
Concordo que apresenta grandes diferenças com outros projetos já em prática, e não seria qualquer um que poderia ajudar. Talvez seja melhor testar o modelo em outras áreas de custo menor.
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