19 agosto 2009

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A blogosfera anda meio deprimida. Eu tenho as mesmas impressões que o Rafael Galvão, do ponto de vista de um leitor de blogs, não de um blogueiro (que não sou, a baixa qualidade e produtividade deste blog não me permite o rótulo).

Acho que o primeiro blog que eu li foi o do Biajoni, e achei legal, comecei a acompanhar esporadicamente. Não sei se no blogroll ou nos comentários eu descobri o supra-citado Rafael Galvão.

Na época o Rafael escrevia quase todos os dias, o que fez que o vício pegasse rápido. Depois dele me viciei em biscoitos finos, que agora hibernam. Pois este último vicia muito. Até quando escreve sobre futebol, assunto sobre o qual eu não tenho o menor interesse, é interessante.Em vários momentos de agitação política (como nas eleições de 2006 e em várias outras ocasiões em que a oposição armou o circo), sempre havia um post interessante do Idelber, lúcido, coerente, argumentando racionalmente em favor de sua posição.

Fazia já um tempo que ele não postava quando anunciou a hirbenação do blog. Chiça!

Ai eu descubro que o prof. Idelber não está a blogar, mas está a tuitar. Então eu fui para lá também, hora essa: @eltonbcastro

E estou seguindo @iavelar vai ajudar a suportar a abstinência.


14 agosto 2009

Fala com a minha mãozinha

Li que o The Economist fez um editorial em que critica o governo brasileiro. Entre outras coisas o tabloide neolibereca critica Lula por apoiar o que a Economist chama de "autocracias", em aparente referência a Hugo Chavez (autocrata, então, é alguém que está no poder após ganhar 8 eleições limpas, contar com o apoio da maioria absoluta da população em um dos poucos países do mundo em que a população pode convocar um plebiscito a qualquer momento para revogar o mandato presidencial, sem apelar para golpes).

Aproveitaram, também, para dar seu apoio aos gorilas golpistas de Honduras (que, aparentemente, não são autocratas, pois contam com o apoio de homens-bons como os editorialistas do jornal neoliberal, mas não da maioria da população hondurenha).

Lembrei-me, também, de quando el rei de Espanha (aquele que só se tornou rei porque o fascista Francisco Franco nomeou-o seu sucessor) mandou o Chavez calar-se.

Vejam só o ridículo: súditos da monarquia inglesa e o próprio monarca de Espanha querem dar pitaco na democracia alheia!

E ai alguém pode dizer: "mas são monarquias constitucionais". Outro diria: "mas quem apita mesmo é o primeiro ministro!" Ao que replico: grandes bostas. Porque, a admtir que os cidadão dividem-se em duas castas - nobres e plebeus - suas constituições negam um condição sine qua non das verdadeiras democracias: os seres humanos são iguais em direitos! Um sistema com cargos e atribuições que passam por hereditariedade sanguinea é essencialmente não democrático.

Alem da rainha, o sistema bicameral inglês é composta por um parlamento (House of Commons - casa dos comuns) e a House of Lords (uma espécie de senado, com a função de manter a Inglaterra conservadora) é constituida por estes membros. As formas de nomeação são essas. Muito democrático, sim senhor.

Espanha e Inglaterra se regem por sistemas políticos ridículos, anacrônicos e intrinsecamente antidemocráticos.

Se os venezuelanos ficarem de saco cheio do Chavez, basta que se faça um plebiscito revogatório. Se isso der muito trabalho, é só esperar as próximas eleições e votar em outro candidato. Simples assim.

Se os inglêses se tocarem que é uma vergonha ter uma rainha em pleno século XXI, eles fazem o que? Uma revolução armada? Guilhotinam a rainha?

"Quer dizer que, agora, vagabundas molhadas atirando facas por aí são a base do sistema de governo!?"