20 julho 2006

Israel

A máquina Israelense de assassinar vem agindo ao longo dos anos livremenente, podendo sempre contar com o apoio das agências de notícias. Por aqui, a imprensa também age de maneira conivente: os crimes de Israel são sempre chamados de ataques, jamais de atentados; Israel comete seus crimes sempre em retaliação a alguma provocação, quando seus inimigos atacam a imprensa sempre fala em atentado terrorista de extremistas religiosos.

Agora, que entre as muitas vítimas de Israel existem brasileiros, que entre as muitas crianças assassinadas por Israel existe um menino brasileiro de 7 anos, será que nossa imprensa vai aprender a lição? Será que a Globo vai manter o idiota do Losekan no ar, tentando explicar para a família do menininho Basel Irmad Termos que seu assassinato foi justo? Por que, afinal, não colocam um Carlos Dorneles - autor do bom "Deus é inocente - a imprensa não" para cobrir o oriente-médio?

Israel é um dos três países a não assinar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares de 1970. É a única potência nuclear do planeta a não permitir a inspeção de suas instalações nucleares. Acredita-se que Israel tenha entre 150 a 200 bombas nucleares. Mas a imprensa só considera o Irã uma ameaça.

PS:
O prof. Idelber Avelar escreve sobre este assunto.

19 julho 2006

Lista dos Sanguessugas

Lista dos sanguessugas, divulgada hoje:

Deputados que já foram notificados pela CPI dos Sanguessugas

Paulo Feijó (PSDB-RJ)
Paulo Baltazar (PSB-RJ)
João Caldas (PL-AL)
Cabo Júlio (PMDB-MG)
Pedro Henry (PP-MT)
Bispo Wanderval (PL-SP)
Iris Simões (PTB-PR)
Benedito Dias (PP-AM)
Lino Rossi (PP-MT)
Edir de Oliveira (PTB-RS)
Teté Bezerra (PMDB-MT)
Fernando Gonçalves (PTB-RJ)
Almeida de Jesus (PL-CE)
Pastor Amarildo (PSC-TO)
Nilton Capixaba (PTB-RO)



Deputados que foram notificados hoje pela CPI dos Sanguessugas

Reinaldo Betão (PL-RJ)
Isaías Silvestre (PSB-MG)
José Militão (PTB-MG)
Wellington Fagundes (PL-MT)
Mário Negromonte (PP-BA)
Laura Carneiro (PFL-RJ)
Zelinda Novaes (PFL-BA)
Vieira Reis (PRB-RJ)
Júnior Betão (PL-AC)
Ribamar Alves (PSB-MA)
Eduardo Gomes (PSDB-TO)
Eduardo Seabra (PTB-AM)
Osmânio Pereira (PTB-MG)
Jeferson Campos (PTB-SP)
João Batista (PP-SP)
Vanderlei Assis (PP-SP)
João Mendes de Jesus (PSB-RJ)
Doutor Heleno (PSC-RJ)
Reinaldo Gripp (PL-RJ)
José Divino (PRB-RJ)
Alceste Almeida (PTB-RR)
Marcos Abramo (PP-SP)
Nélio Dias (PP-RN)
Ricarte de Freitas (PTB-MT)
Cleonâncio Fonseca (PP-SE)
Benedito de Lira (PP-AL)
Reginaldo Germano (PP-BA)
Ricardo Estima (PPS-SP)
Neuton Lima (PTB-SP)
João Cerreia (PMDB-AC)
Amauri Gasques (PL-SP)
Maurício Rabelo (PL-TO)
Corialano Sales (PFL-BA)
Almir Moura (PFL-RJ)
Marcelino Fraga (PMDB-ES)
Raimundo Santos (PL-PA)
Edna Macedo (PTB-SP)
Irapuan Teixeira (PP-SP)
Itamar Serpa (PSDB-RJ)
Enivaldo Ribeiro (PP-PB)
Elaine Costa (PTB-RJ)

Senador
Ney Suassuna (PMDB-PB)

Total por partido:
PTB: 13
PP: 13
PL : 10
PMDB: 5
PFL: 4
PSB: 4
PSDB: 3
PRB: 2
PSC: 2
PPS: 1

10 julho 2006

Por que reeleger Lula?


Via Vermelho:
Datafolha mostra desconcentração de renda no governo Lula
Por Bernardo Joffily

O jornal Folha de S. Paulo deste domingo (9) revela números do instituto Datafolha que mostram uma visível desconcentração de renda no Brasil entre 2002 e 2006. A matéria tem m um título ardiloso, “Lula promove 6 milhões de eleitores para a classe C”, e a pesquisa usa os duvidosos critérios quantitativos da sociologia americana. Mesmo assim – veja o gráfico – mostra que a camada mais pobre dos brasileiros diminuiu de 46% para 38%, enquanto a média aumentou de 32% para 40%.

Os dados fazem parte da mesma pesquisa (com dados coletados em 28 e 29 de junho) que mostra Lula com 46% das intenções de voto, reelegendo-se no primeiro turno (todos os demais candidatos somam 39%), com votos que se concentral no eleitorado mais pobre.


Dados sociais e eleitorais coincidem


Não é por acaso que os dados sociais e eleitorais coincidem: basicamente, uns explicam os outros. “A melhora no consumo e nas expectativas dos eleitores mais pobres explica em grande medida o favoritismo do petista, que hoje venceria no primeiro turno”, admite a matéria da Folha.


Segundo o Datafolha, 37% dos pesquisados passaram a consumir mais alimentos; 31% reformaram a sua casa; e 49% acham que sua situação econômica vai melhorar. Em 2002 eram 38%.


Desde 1994, nunca foi tão baixo o percentual reclama do seu poder aquisitivo, diz o Dastafolha: “Hoje, 28% acham ‘muito pouco’ o que a família ganha. Eles somavam 45% antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva.”


O estudo classifica os cidadãos conforme o critério quantitativo, que se baseia nas feixas de renda e consumo, em “classe A/B”, “classe C” e “classe D”. A última, que forma a base da pirâmide, em 2006 deixou de ser a mais larga, possivelmente pela primeira vez.


A ginástica editorial da Folha


O editor da matéria viu-se obrigado a fazer alguma ginástica para não deixar que a pesquisa sirva como uma quase propaganda eleitoral de Lula. Para isso, teve de recorrer a fontes e enfoques sem relação com a pesquisa do instituto – que, no entanto, pertence ao mesmo grupo empresarial do jornal.


Entre as contorções, recorre-se até aos estrudos de Márcio Pochmann (economista da Unicamp e ex-secretário municipal do Trabalho em São Paulo na gestão Marta Suplicy), sobre o aumento da renda financeira dos ricos. Pochmann tem sido um crítico consequente e implacável do modelo neoliberal, ontem e hoje. Mas, curiosamente, a reportagem da Folha não pediu que ele comentasse os dados do Datafolha.

Com visível má-vontade, no pé da segunda página dedicada ao assunto, o jornal admite que “um cenário econômico positivo” está entre as causas da melhora na renda do eleitor. Cita o aumento dos benefícios da Previdência e programas sociais como o Bolsa-Família, mas por fim reconhece: “Os reajustes do salário mínimo acima da inflação (32,2% desde 2003), mais empregos (3,9 milhões formais), mais oferta de crédito e a queda da inflação (de 9,3% em 2003 para 4,5% projetados este ano) também têm forte peso”. Recorre porém a “analistas ouvidos pela Folha” para prognosticar que os benefícios não continuarão em 2007.

ATUALIZAÇÃO:
Deu também nO Globo de domingo, 9 de julho, caderno de economia. Trechos (grifo meu):
...
Mais de dois milhões de fa­mílias brasileiras conse­guiram ascender na pirâ­mide do consumo este ano e chegaram à classe média, o que representa cerca de sete milhões de pessoas. O segmento voltou a cres­cer, depois de amargar anos seguidos de empobrecimento com a estagnação ou o fraco crescimento econômico do país a partir da década de 80.
Emprego com carteira assinada em expansão recorde - foram cria­das 1.251.557 vagas formais no último ano - crédito farto e renda do trabalhador reagindo (em maio a alta ficou em 7,7%, a maior desde 2002) são as explicações para a faixa intermediária na escala do consumo ressurgir nas estatísticas. Indicadores do mercado de tra­balho e pesquisas de consumo ates­tam esse avanço. O Instituto de Pesquisa Target, que anualmente acompanha o potencial de consumo de cada classe com base nas pes­quisas do IBGE e da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa de Mercado (Abep), constatou ainda que a parcela das famílias que ganham entre R$ 1.140 e R$ 3.750 já corresponde a 66,7% do total este ano, fatia bem superior à registrada em 2001, que fora de 60,7%.

Com mais dois milhões de casas na classe média, o que representa um acréscimo de 7,9% de 2005 para 2006, o consumo dessa parcela da população subirá em R$ 31,19 bilhões este ano, nas projeções da Target. Um avanço de 4,5%.
- Há um claro movimento de ascensão de classe O (renda familiar de R$ 570) subiram na pirâmide. Compraram mais bens duráveis e, como na clas­sificação leva-se em conta também a posse desses bens, houve o avanço para a classe média - constatou o diretor da Target, Marcos Pazzini. Além disso, o diretor diz que este ano houve um aumento mais concentrado no número de domicílios das classes intermediárias.'Ou seja, mais famílias do segmento se formaram. Segundo pesquisas do ins­tituto, a migração também está se dando da classe C para as B 1 e B2.

...
No mercado de trabalho o fenômeno se repete. A renda apropriada pelos 40% intermediários (es­tão entre os 50% mais pobres e os 10% mais ricos) subiu de 40,7% em outubro de 2004 para 41,7% no mesmo mês do ano passado. O economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra ainda outro número: a renda domiciliar per capita, descon­tada a inflação, subiu 14% em outubro de 2005 na comparação anual.

- Os símbolos da classe média, que são emprego com carteira assinada e acessos ao crédito e à faculdade, estão em expansão. O emprego formal dá segurança para consumir - diz Neri.
Na avaliação do economista, esse crescimento na participação veio para ficar, principalmente em relação ao emprego com carteira.
- As empresas estão confiantes, pois há custo na contratação. Por esse lado, a expansão parece sustentável. No início do Real, houve um pico de crescimento isolado, hoje o que se observa é equivalente a uma rampa contínua de crescimento. Quanto ao crédito, o avanço pode ser menor, mas deve continuar.
Essa confiança tomou conta da família de Denise Uchôa, advogada e supervisora de pessoal. Há seis meses, ela comprou o primeiro carro: um Siena 2004, à vista. Para completar o valor do veículo, recorreu ao crédito consignado. Ela espera agora receber os 10% de aumento dados no mês passado. A fábrica de lustres do ma­rido também vai ganhando mercado, o que lhe permite investir em cursos para ela e o filho Thiago, de 10 anos:
- Fiz cursos para a prova da OAB, e meu filho está matriculado no inglês. Estou confiante de que as coisas vão continuar melhorando. A folga na renda está me permitindo estudar mais.
Outro instituto de pesquisa, o La­tinPanel, ligado ao Ibope, também viu crescer a fatia da classe C, a faixa intermediária da sua classificação (considera o consumo de famílias que ganham de quatro a dez salários­mínimos). Na média de 2005, esses domicílios representavam 33% do consumo total no país. Em abril deste ano, a faixa subiu para 38%.