Este blog ainda não remorreu. Estou de férias. Já fui de São Carlos (SP) para Goiânia visitar meu sogro Beto (pretendo escrever algo sobre ele algum dia, militante de esquerda cheio de histórias, que foi médico em Xapuri e amigo de Chico Mendes), de lá para Caldas Novas, onde meu filho aprendeu a mergulhar na base do susto, então para o Gama (DF), visitar a sogra dos meus sonhos, voltei para São Carlos no mesmo dia, quando jantei com o Bruno, vindo no dia seguinte para Dracena(SP) visitar a minha mãe. Cansa. Mas é bom. A Marina dirigiu o percurso todo, claro.
22 julho 2009
Um blog zumbi
08 julho 2009
Saudades
Hoje, reli o texto de Nataniel Jebão que linquei quando da morte de Fausto Wolff. convido-os a fazer o mesmo. Dizem que a senhorita Nina Rolas é flagrada quase todos os dias a mijar no túmulo do colunista social, dizendo que cada um chora por onde sente saudades.
03 julho 2009
Muitas moscas
Deixamos este blog às moscas por muito tempo.
O sitemeter diz que temos uma média de 128 visitas diárias e 180 page views. Médias atualizadas no link anterior. Queria que me dessem 1 real cada.
Meu primeiro site para internet, a "Oca do Pajé", site de humor adolescente e ganjístico, feito em 1996 (ou 97, não lembro), teve um trampo para chegar às 1000 visitas. Era uma época em que os mecanismos de buscas (yahoo, cadê e aonde) só localizavam sites que se cadastravam neles, sem esse esquema mágico inventado pelo Google, que encontra qualquer coisa.
Naquela época também não tínhamos esquemas de comentários, coisa de blog, mas tínhamos email. Fizemos uma lista, candidamente chamada de "10 músicas que fazem você dizer: 'mano, essa música chapa'". Percebe-se o high level do site. Colocamos nosso e-mail lá, para que as pessoas fizessem sugestões. E fizeram. Ao ponto de incluirmos "Cê tá pensando que eu sou loki?", do Arnaldo Batista (e que eu não conhecia, na época), na lista.
02 julho 2009
Pra que um blog?
Certo, certo.
Resolvi tirar o pó deste blog e voltar a postar.
Estamos devagar, é claro. E isso é bom sinal. Como assim? Ótima pergunta. É que ao invés de estarmos dedicando muito tempo ao blog estamos dedicando muito tempo à vida, e para tal é necessário viver. "Não digas nada: sê", diz o Fernando pessoa, em outro contexto e antes de dizer certas coisas sobre nudeses visíveis e invisíveis que eu ainda não entendi.
Ora, então vivemos. O Bruno trabalha e faz filosofia (aplausos ao rapaz, ele merece). Eu sou pai, marido, empregado e militante. E tento errar menos na primeira tarefa. Isso nos ocupa o suficiente.
Nestes meses de silêncio, senti compulsão por escrever aqui algumas vezes, mas passou. Por exemplo: quando da reforma ortográfica. Apesar de que eu, notadamente, ainda não assimilei a reforma anterior e certamente não assimilarei esta (aliás, cago para qualquer norma ortogramatical, especialmente depois que eu vi que o Camões escrevia "assinalados" com um beta no lugar dos dois SS), senti vontade de escrever sobre o único aspecto de reforma que me interessa: o fim do trema. Heresia! Mexer do hífem, que eu nunca soube e, provavelmente, nunca sabererei usar, é uma coisa. Mexer com o trema é outra estória... Como é que fica o sketch do canditato a vereador, do Zé de Vasconcelos, que diz (ou dizia) "Qüem de vozes, etc, etc."?
Porque os formalizadores do idioma precisam se decidir: em nossa língua escrita se registra a sonoridade das palavras ou não? Eu certamente seria a favor de se adotar ideogramas, riquíssimos em sentidos e sem problemas quanto a divergencias entre pronúncia e escrita. Só gente constipada fala "muito", do jeito que se escreve. E eu não sei usar a vírgula. Ou a gente escreve o som das coisas e enfia vírgulas nas pausas ou a gente escreve os significados e adota ideogramas e tudo mais. Ideogramas são tão legais! Os orientais deveriam cobrar royalties sobre a idéia de ícones. Eu morria de inveja de um colega de turma (o Way Way) que era de Taiwan mas sabia ler ideogramas japoneses, sem saber nada de japonês. Mas estou fugindo do tema...
Pra que um blog? Por que eu tenho algo de relevante a dizer? Os paragrafos anteriores demonstram claramente que não, não tenho nada a dizer. Nada de novo, nada original, nada de meu, ou muito pouco. Mas eu quero sublinhar, destacar, chamar a atenção para algumas coisas. Enfim: dar share no Google Reader. Mas nem tudo que eu leio na rede tem um feed que me permita incluir nele. Então eu vou usar meu próprio blog para reproduzir coisas que eu leio em outros cantos, mas eu posso dar share... no fundo: essa foi a motivação original deste blog.
Evidentemente que a questão "Pra que um blog?" e subseqüente resposta vale apenas para mim. Os blogs servem para muito mais coisas, e continuarão servindo, apesar dos deslumbrados que falam em fim dos blogs por causa do twitter.