Conforme matéria divulgada no Jornal Debate, de 29 de janeiro (domingo), a deputada que atende pelo sugestivo nome de Zulaiê Cobra (PSDB-SP), externou em uma reunião regional do PSDB paulista, sediada recentemente em Ourinhos, sua mais inovadora contribuição ao aprimoramento das instituições democráticas republicanas: a necessidade do fechamento da Central Única dos Trabalhadores.
De acordo com o jornal, a declaração, devidamente aspeada, é a seguinte: “Estava vindo para cá e vi o escritório da CUT. Pelo amor de Deus, fecha esse troço. CUT não presta para nada. É uma cambada de mentirosos, falsos, covardes, bandidos e assassinos”.
Diante de tão "conceituadas e ponderadas palavras", a direção nacional da CUT emitiu uma nota, na qual expressa sua perplexidade com a falta de decoro da parlamentar. A Central também pretende entrar na Justiça contra a deputada.
Não será o único processo a que Zulaiê Cobra responde por calúnia e difamação. O Partido dos Trabalhadores também ingressou no Conselho de Ética da Câmara contra a deputada por ela ter afirmado, durante a convenção estadual do PSDB paulista, em novembro de 2005, que o presidente Lula era um "bandidão" e que o deputado José Dirceu merecia "cadeia".
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, que protocolou a representação, disse que, por duas vezes, a deputada abusou da prerrogativa da imunidade parlamentar, atacando pessoas e o PT "com acusações e termos que não são próprios da imunidade e do decoro parlamentar".
Confira a íntegra do documento divulgado ontem pela CUT:De acordo com o jornal, a declaração, devidamente aspeada, é a seguinte: “Estava vindo para cá e vi o escritório da CUT. Pelo amor de Deus, fecha esse troço. CUT não presta para nada. É uma cambada de mentirosos, falsos, covardes, bandidos e assassinos”.
Diante de tão "conceituadas e ponderadas palavras", a direção nacional da CUT emitiu uma nota, na qual expressa sua perplexidade com a falta de decoro da parlamentar. A Central também pretende entrar na Justiça contra a deputada.
Não será o único processo a que Zulaiê Cobra responde por calúnia e difamação. O Partido dos Trabalhadores também ingressou no Conselho de Ética da Câmara contra a deputada por ela ter afirmado, durante a convenção estadual do PSDB paulista, em novembro de 2005, que o presidente Lula era um "bandidão" e que o deputado José Dirceu merecia "cadeia".
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, que protocolou a representação, disse que, por duas vezes, a deputada abusou da prerrogativa da imunidade parlamentar, atacando pessoas e o PT "com acusações e termos que não são próprios da imunidade e do decoro parlamentar".
Nossa Central vem aprimorando e democratizando sua estrutura, enraizada por todo o país. Possuímos 3.262 entidades filiadas, somando 7.433.553 sócios e 22.036.181 de representados. Portanto, o escritório da CUT que tanta urticária causou a deputada é apenas um entre os muitos milhares já existentes e atuantes pelo país afora.
A histeria expressa por Cobra em relação à CUT só revela sua impotência diante do sindicalismo brasileiro, que conquistou a mais espetacular vitória dos últimos anos, garantindo um reajuste para o salário mínimo que contrasta com os anos em que a nobre parlamentar foi uma submissa fiel da política neoliberal tucana de arrocho, desemprego e precarização de direitos.
A mentira e a falsidade sempre foram as principais armas do desgoverno FHC do qual a deputada foi das mais medíocres expoentes. Ou as vergonhosas negociatas, com a entrega do patrimônio público e privado nacional aos estrangeiros não era denominada por Cobra como “caminho para a modernidade”? Ou o desemprego em massa e o abandono de milhões de pais de famílias à própria sorte com o fim de direitos sociais e trabalhistas - por meio do assalto à CLT com a “flexibilização” do artigo 618 - não era designado por Cobra como um necessário e inadiável “reajuste estrutural”?
Como a deputada qualificaria a política de privatização e desnacionalização que aprofundou a miséria, a mendicância, o desemprego e a desesperança durante os oito anos de desgoverno tucano, ao qual tão ardorosamente defendeu? Ou a nobre deputada se esquece do quanto o Brasil e o povo brasileiro foram sangrados e penalizados com a elevação descomunal da dívida interna, da liquidação de seus patrimônios estratégicos, e pelos sucessivos aumentos das tarifas públicas, como da energia elétrica, e pelos cortes de investimentos na saúde, na educação? Também não pertencem aos quadros da CUT os mandantes dos assassinos dos fiscais de trabalho de Unaí.
Nenhum de nossos dirigentes jamais se escudaria sob o manto de um fugaz mandato parlamentar para mentir e caluniar quem quer que seja. Responda pelos seus atos, Zulaiê Cobra, com algum resquício - ainda que fortuito de decência e dignidade - que tenha lhe restado.
Os dirigentes da CUT, por mais divergências que pudessem ter e têm com o governo e o partido do qual a deputada faz parte, jamais usariam os mesmos adjetivos vulgares e chulos destilados contra nossa Central. Nossas críticas são políticas, repudiando qualquer argumentação fascista e preconceituosa que desqualifique o debate.
Com 22 anos de organização, mobilização e luta, com tantos e tão belos serviços prestados ao Brasil e aos trabalhadores, a CUT irá à Justiça, manifestando desde já a confiança na sua decisão e na determinação do eleitorado em varrer da vida pública aspectos rasteiros como estas ridículas e insanas declarações da deputada Zulaiê Cobra.
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