Uma coleira na Bolivia - Sobre a expulsão da siderurgica de Eike Batista.
Ele corrompeu miseráveis autoridades locais e conseguiu autorização “municipal” para instalar os fornos e queimar madeira. Mas a Constituição da Bolívia já proibia empresas estrangeiras na fronteira e a legislação boliviana do meio ambiente não permite fazer carvão queimando madeira
Chegou o novo governo de Evo Morales e proibiu os fornos de carvão vegetal. Eike, como um senhorzinho espanhol dos tempos coloniais, distribuiu dinheiro com os miseraveis e promoveu manifestações populares “em defesa dos empregos” (a compra da vegetação do pantanal para queimar nos fornos).
Logo a imprensa brasileira, que se baba por um jabá, transformou o Eike Batista em novo heroi da Pátria, um ultrajado Tiradentes com pescoço de dólar. E TVs histericas, editoriais hidrófobos e jornalistas espertos uns e incautos outros passaram a pregar a invasão da Bolívia pela Pátria ofendida.
O indio está certo - sobre a nacionalização dos recursos naturais da Bolívia.
Essa nacionalização do petróleo e do gás boliviano, agora decretada pelo presidente da Bolívia, é um dos capítulos mais deprimentes da grande imprensa brasileira. Como sempre a serviço de alguém, tomando dinheiro de alguém, grandes televisões, revistas e jornais brasileiros passaram tres meses mentindo, enganando, para agradar as empresas internacionais de petróleo e gás, inclusive a Petrobrás, que exploram petróleo e gás na Bolívia.
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