29 dezembro 2006
Lógica Estadosunidense
Não está na capa de nenhum jornal brasileiro, mas a invasão do Iraque matou mais estadosunidenses do que o 11 de setembro. E se somarmos a este número os soldados de outros países que também morreram, os civis iraquianos e os civis de outros países. Tem também os mortos no Afeganistão. Deve dar fácil uns dez 11 de setembro.
Esta é a lógica de Bush e estadosunidenses. Para evitar novos atentados basta invadir e destruir dois países, matar uma infinidade de civis, gerar o caos e no fim perder mais pessoas do que foram mortas em todos (somente um) os atentados que já ocorreram em seu país. Isto é com certeza muito melhor do que tentar saidas diplomaticas, pacificadoras e não autoritárias para resolver problemas de maneira permanente. É a lógica da direita burra de que violência se combate com uma violência maior ainda.
Interessante também a entrevista do ex-presidente, recém falecido, Gerald Ford. Republicano, mas se diz contrário a invasão do Iraque.
28 dezembro 2006
Apartheid Palestino
Durante seu governo, Jimmy Carter se aproximou de Cuba e China, assinou tratado com a União Soviética para redução de armas nucleares e costurou um tratado de paz entre Israel e Egito. Não foi reeleito pela reputação de parcimônia e indecisão, adquirida por não invadir o Afeganistão. O cara parece até legal para um ex-presidente estadosunidense. Falando sobre o próprio livro:
Eu diria que a sina dos palestinos hoje - o confisco de sua terra, o fato de estarem sendo totalmente reprimidos para não manifestar sua reprovação ao que está acontecendo, a construção do muro que penetra profundamente em seu território, a completa separação entre israelenses e palestinos -, todas essas coisas de muitas maneiras são piores do que alguns aspectos do apartheid na África do Sul
Acabei me lembrando de uma música do System Of A Down e que Jimmy Carter é mencionado. Após três leituras da letra ainda não vejo o menor sentido, alguém arrisca uma interpretação?
27 dezembro 2006
Nasce um imbecil por segundo...
Me perdi: voltando ao raciocínio, os caras escrevem (mal escrito, aliás) qualquer calhordice destas e depois assinam, por exemplo, "Luis Fernando Veríssimo."
Elite Privilegiada
Por Luís Nassif
Foi em novembro, enfim,
Pouco após as eleições
Que circulou um spam
Eivado de imperfeições
No começo, meio e fim.
Com dose de preconceito,
De arrogância e mal feito
Escrito sem muito jeito
Mas atribuído a mim.
Como a asa da graúna
Falava mal do nordeste
Terra de João Pernambuco
De Patativa do Agreste
Do choro que vem dos Turunas
Do frevo pernambucano
Do batuque afro-baiano
De Bomfim, o sergipano,
Dos sons do sertão e das dunas.
De quem era o palavreado?
Pus-me então a imaginar
Talvez o ectoplasma
De um rentista secular
Um dandy afrescalhado
Que nasceu escravocrata
Que abusava da mulata
Que gastou toda a prata
E terminou estropiado.
Ou então um senhor de engenho,
Sem fazenda e compostura
Guardando dos velhos tempos
A arrogância e a usura
E total falta de empenho
Para assuntos do trabalho,
Que sempre achou ato falho
Quem na vida dava o malho
Atrás da boa procura.
Lembrei do deslumbramento
Com que tratavam o Edemar
Sujeito esperto e tinhoso,
Um malandro secular.
De como era um tormento
Quando dava suas festanças
Ócio, deslumbre, gastança
Malandragem e lambança
De um tempo crepuscular.
A elite mega-store
Saia atrás do convite
Disputando a boca livre
Arroz de festa de extirpe
Como um penetra-mór
Edemar fez muito mais
Palácio nas marginais
Rei da elite, ex do cais,
Soberano do “offshore”
A elite deu Edemar
E os esquemas da Daslu
O povo deu dona Ivone
Maxixe, choro e lundu
E o poder de sonhar
Com uma terra irmã
Sem essa febre malsã
Que corrói o amanhã
Desse elitismo sem par.
Mas a elite eficiente
Prescinde da arrogância
É o empresário e o empregado,
Que buscam a relevância
A melhora permanente
Programas de qualidade,
Eficiência, lealdade,
Trabalho e brasilidade
Olhando sempre em frente.
Por isso, aqui, nessa hora
Solicito ajuda vossa
Para que espalhe o poema
Esclarecendo a quem possa
Que esse spam é uma desforra
Escrito baixo, rasteiro,
De quem não é brasileiro,
E passa o ano inteiro,
Querendo sempre ir à forra.
Por certo é leitor de “Veja”,
Um viúvo da Daslu,
Que arrota camembert
Depois de comer angu.
E que o bom Deus o proteja
Pois sendo tão recalcado
Só consegue andar de lado
Falando mal do empregado
Por mesquinho que isso seja.
Chupando blogs
Via Malvados encontramos o blog do Chewy. O autor publica raramente, mas o conteúdo é muito bom.
Via Conversa Afiada, duas dicas de filmes do excelente cinema mexicano. Também achei curioso o mesmo mexicano, Alfonso Cuarón, dirigir "E Sua Mãe Também" e "Harry Potter".
26 dezembro 2006
Dos fatos e das manchetes
Dos fatos e das manchetesGrifo meu.
Entrevista com Paulo Lacerda, diretor geral da Polícia Federal, na "Folha" de hoje:
FOLHA - A PF foi usada como bandeira eleitoral pelo governo.
LACERDA - A minha visão é de que a PF foi também muito criticada politicamente. Então, se em determinado momento setores do governo usaram as boas ações da PF em prol da imagem do governo, eu acho isso natural. Se o governo sofre críticas por eventuais erros da polícia, por que não deveria usar aquilo quando ela acerta? Acho natural. Nunca entrei nesse jogo político. O uso da imagem da PF na cena política foi com base nos trabalhos que a PF realizou. Ninguém veio aqui dentro da PF para pegar entrevista minha para dizer "este governo é muito bom". O que se usou foram trabalhos da PF que eram públicos. Percebi que foram usados na campanha como uma demonstração de um órgão no qual o governo investiu e que produziu resultados que estavam patentes.
Manchete: “Lacerda admite que governo usou imagem da PF na eleição”.
Link para a postagem.
22 dezembro 2006
Matando tempo na internet
Rádio Online - uma idéia interessante foi implementada no sitio Pandora. Intitulado de projeto genoma musical, trata-se de tentar classificar as músicas seguindo diversos critérios. Ao criar uma rádio escolhe-se uma música ou banda, e com base nestes critérios tentam acrescentar músicas similares.
Telefonia - o 102 Web permite consultar qual operadora tem a tarifa mais barata dadas as características de um chamada: origem, destino, horário/data, duração e plano do cliente. Também acessa as listas telefônicas de cada operadora.
25/12
Não desejarei feliz nada para ninguém. Aliás, esta talvez seja uma das melhores partes. Te colocam na bunda o ano inteiro para no final pedirem perdão e desejarem o que há de melhor. Começa outro ano e mais enrabadas, sempre com o pedido de desculpas no final. Bem condizente com a lógica cristã.
Não vou dar presentes e tenho a expectativa de não recebê-los. Se preciso de algo e tenho dinheiro comprarei quando quiser. Vão gastar dinheiro a toa comigo ou qualquer outra pessoa? Só pela obrigação? A tudo que somos obrigados fazemos de má vontade e com baixa qualidade. De algo quando realmente tem vontade, ou a quem precisa. Lembrando que ninguém precisa de um Duvet (créditos para Tyler Durden).
Nem sei mais do que trata-se, uma celebração cristã ou capitalista. Qual seja, fico com uma versão atualizada da famosa citação de Denis Diderot: "O homem só será livre quando o último capitalista for estrangulado com as entranhas do último padre".
20 dezembro 2006
O jornalismo da globo
O post Repórter da Globo Conta Tudo traz a integra em uma carta escrita pelo repórter Rodrigo Vianna descrevendo como é gostoso trabalhar com jornalismo na globo. Segue trecho:
Ao lado de um grupo de colegas, entrei na sala de nosso chefe em São Paulo, no dia 18 de setembro, para reclamar da cobertura e pedir equilíbrio nas matérias: "por que não vamos repercutir a matéria da "Istoé", mostrando que a gênese dos sanguessugas ocorreu sob os tucanos? Por que não vamos a Piracicaba, contar quem é Abel Pereira? "
Por que isso, por que aquilo... Nenhuma resposta convincente. E uma cobertura desastrosa. Será que acharam que ninguém ia perceber?
Quando, no JN, chamavam Gedimar e Valdebran de "petistas" e, ao mesmo tempo, falavam de Abel Pereira como empresário ligado a um ex-ministro do "governo anterior", acharam que ninguém ia achar estranho?
Faltando seis dias para o primeiro turno, o "petista" Humberto Costa foi indiciado pela PF. No caso dos vampiros. O fato foi parar em manchete no JN, e isso era normal. O anormal é que, no mesmo dia, esconderam o nome de Platão, ex-assessor do ministério na época de Serra/Barjas Negri. Os chefes sabiam da existência de Platão, pediram a produtores pra checar tudo sobre ele, mas preferiram não dar.
...mas acabaram preferindo "Os usuários da Internet" II
acho que a revista perderia muitas vendas, ou seria censurada, se publicasse o Chavez como personalidade do ano. Mas a escolha não foi tão ruim. Como já citado neste e diversos outros blogs, a internet tem se firmado como o único meio de comunicação realmente livre. Tivemos um bom exemplo nas últimas eleições quando quase toda a imprensa tentava aplicar um golpe e somente na internet era possível a contestação. Por que só os coronéis da mídia gorda podem dar opinião?
Também devemos considerar que foram estes usuários da internet, eleitos a personalidade do ano, que escolheram Chavez na pesquisa. De certa forma a revista apenas utilizou um intermediario para entregar o prêmio. Quanto as outras escolhas:
Mahmoud Ahmadinejad - Presidente do Irã, quer desenvolver tecnologia de enriquecimento de urânio supostamente para gerar energia. Se for para fazer uma bomba eu acho errado, mas todos os países que possuem arsenais nucleares não tem o direito de criticar. Muito menos pressionar e fazer embargo. Eu posso mas vc não pode. Agora o Irã é a única alternativa para tentar consertar as besteiras que os eua fizeram no Iraque.
Nancy Pelosi - Congressista pelo partido democrata. A favor do aborto, restrições ao acesso a armas, aumento de impostos para financiar programas sociais. Contra a desastrosa invasão do Iraque. E se dependesse da personalidade do ano seria presidente no lugar do Bush.
The YouTube Guys - Ninguém consegue passar o tempo todo lendo blogs, então é bom relaxar vendo alguns videos na internet. A ferramenta também é utilizada para divulgar imagens e declarações que a mídia não gostaria.
Bush - Ficou em quinto, perdendo feio para os presidentes da Venezuela e do Irã.
Boas escolhas. Podem não ser a verdadeira personalidade do ano, mas tirando os 13% que votaram no Bush e na Condoleezza Rice, estão de parabéns.
19 dezembro 2006
...mas acabaram preferindo "Os usuários da Internet"
http://www.time.com/time/personoftheyear/2006/walkup/
Eis o resultado:
Mas a personalidade do ano acabou sendo "Os usuário da Internet". Tá. Mas eu ainda preferiria o Chavez.
Brasil no caminho para a evolução
Na Gazeta Mercantil:
Múltis apostam no país para exportar software
Não por sermos programadores mais eficientes do que os indianos, mas para diversificar as fontes de mão de obra. Empregos são sempre bem vindos, porém este fato reforça a minha idéia de que os programadores são os apertadores de parafuso do mundo moderno. Com as novas tecnologias e padronização, o desenvolvimento de software caminha para torna-se uma atividade mecânica. Só aumenta minha decepção com a área que escolhi.
Na mesma Gazeta Mercantil:
Investimento inglês em álcool e açúcar
R$418,13 milhões para construção de usinas pelo país. Quem deve se beneficiar mais com isto são os já endinheirados usineiros, mas investimentos em combustíveis alternativos são sempre bem vindos. Lembro que no ano passado os caras do Google estiveram em Ribeirão Preto visitando algumas usinas e fiquei pensando que projetos poderiam estar desenvolvendo. Como tudo que eles encostam, ao menos no mundo virtual, vira ouro...
Em qualquer jornal a evolução política:
Deputado ACM Neto esfaqueado nas costas por uma mulher.
Não conseguindo que o deputado auxiliasse a liberação de seu FGTS a mulher passou a peixeira. Isto demonstra um aumento do contato entre os eleitores e seus representantes no congresso. É importante que o povo saiba que os políticos devem servi-los e serem punidos quando não atendem o interesse da população. A melhor forma de punição seria o voto, mas com o tempo os eleitores vão aprendendo... enquanto isto não acontece já estou amolando umas facas.
Elton, vc esqueceu sua agenda na Casa dos Caras. Posso te levar algum dia destes junto com seu filme.
18 dezembro 2006
Código de Defesa do Consumidor e minha lavadora de roupas
Dois meses, duas tentativas de substituir a peça que aparentemente apresentava o problema, alguns telefonemas para o 0800 e inúmeros para a assistência técnica depois, continuo lavando roupa na mão.
Resolvi acessar o sítio do Procon para saber como poderia fazer uma reclamação. Logo nos primeiros cliques dados encontrei um perguntas frequentes, sendo o primeiro item:
1. O que fazer com produto levado várias vezes para assistência que continua apresentando problemas?
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor tem até trinta dias para sanar o vício do produto, após este prazo, o consumidor poderá exigir à sua escolha uma das alternativas a seguir:
- Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
- Restituição da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
- Abatimento proporcional do preço.
Entretanto, o prazo de trinta dias, poderá ser reduzido ou ampliado mediante acordo entre as partes, desde que não seja inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias.
Realmente fantástico este Código do Consumidor, mas por que em nenhum momento fui informado a respeito deste direito ao ligar no 0800 ou na assistência técnica? Não deveria ser uma obrigação da empresa me informar sobre isto? Não deveria haver uma multa pela omissão desta e outras informações do código?
Ainda me sinto lesado mesmo sabendo que posso obter meu dinheiro novamente. Me sinto sempre prejudicado quando tenho que me relacionar comercialmente com qualquer grande empresa. Estas onde você nunca consegue falar com o dono, nada é possível devido aos procedimentos e tudo é dificultado pelos confusos menus telefônicos dos serviços de atendimento.
04 dezembro 2006
Não é tão caro
A matéria afirma que as campanhas de Lula e Alckmin só foram mais baratas que a de George Bush e utilizam o gasto absoluto em R$ para justificar esta tese. Só tem um pequeno problema, a população de todos estes países é diferente. Como o objetivo de uma campanha é atingir toda a população, mais correto seria comparar gastos per capita. Obtendo dados de população no wikipedia refiz a classificação com gastos per capita em R$/hab:
George W. Bush - 2,674928695
Tony Blair - 1,278518056
Angela Merkel - 0,80302773
Lula - 0,554497813
Alckmin - 0,435411034
Ou seja, contradizendo tudo o que a matéria diz, os gastos de campanha no Brasil são os menores detre estes países. Podem até ser altos, mas a revista publicou besteira.
21 novembro 2006
Bate-papo com Aldo Rebelo II
Nicéia Fala com Pres. Aldo Rebelo: Durante sua gestão a pauta do Plenário ficou trancada durante 85% das sessões delierativas. No caso de ser reeleito pretende incentivar maior participação de projetos de iniciativas parlamentares ?
Pres. Aldo Rebelo Nicéia, A Câmara viveu um período especial em função da longa lista de processos de perda de mandato que ocupavam todas as quartas-feiras. Além desse fator, chegamos a votar em um único dia 20 medidas provisórias que trancavam a pauta. Otimista por convicção e por dever, espero dias melhores.
Julia Mineira Fala com TODOS: Presidente Aldo Rebello, Porque os projetos em favor dos trabalhandores ficam nas gavetas e enquanto os projetos que interessa o governo é votado com mais rapidez. Grata Julia.
presid Aldo Rebelo Julia, desde que assumi a Presidência da Câmara tenho me reunido com representantes dos trabalhadores, desde centrais sindicais a associações, como a das mulheres marginalizadas, para discussão de projetos de interesses de categorias específicas. Entretanto, empenhei-me particularmente em dois projetos: a ampliação do Fundeb para todo o ensino básico e pré-escolar e o Estatuto das Pequenas e Micro Empresas. O primeiro vai ajudar as crianças a ficarem mais tempo na escola e a se preparar para empregos melhores. O segundo vai possibilitar a regulamentação do trabalho, incluindo a filiação ao INSS de trabalhadores que hoje estão na informalidade, garantindo a eles uma aposentadoria tranqüila. Esses projetos, que, em princípio, não beneficiam categorias específicas, melhoram a vida de todos os trabalhadores do País. Esses projetos deverão ser votados até o final deste ano.
Tita Fala com TODOS: Presidente, existe algum projeto de lei que obrigue os homens públicos a usar o serviço público? Pode parecer banal, mas resolveria muita coisa. É preciso que os deputados tenham, antes d etudo, postura de homem público.
presid Aldo Rebelo Tita, eu, como qualquer cidadão, utilizo serviços públicos no Brasil, como o de segurança, saneamento, limpeza urbana, que muitas vezes a gente esquece que são públicos, mantidos com os recursos dos impostos. Além disso, eu, pessoalmente, só utilizo hospitais públicos para tratamento de saúde.
Bate-papo com Aldo Rebelo
Preah Fala com Pres. Aldo Rebelo: Qual o futuro do PCdoB?
Pres. Aldo Rebelo Fala com TODOS: Preah, Só se pode compreender o futuro do PCdoB a partir da sua história. O PCdoB passou mais da metade da sua existência como uma organização proibida, portanto está habituado aos desafios e dificuldades da sobrevivência. O PCdoB sobreviverá se souber ser um intérprete das causas da liberdade dos direitos do povo e da independência do nosso País.
Canadura Fala com Pres. Aldo Rebelo: Deputado, eu concordo com o salário, mais os adicionais de transporte e habitação, pois Brasilia é a casa de poucos. O que eu considero um acinte são os "EXTRAS": JETONS, decimo-terceiro salário, décimo-quarto salário...Ora, então o deputado possui Vínculo empregatício com a União?
pres Aldo Rebelo Fala com TODOS: Canadura, nesta legislatura reduzimos o recesso parlamentar, o que na prática acaba com os pagamentos extras nas convocações extraordinárias. Vamos tomar outras medidas para racionalizar, reduzir e dar transparência aos gastos dos parlamentares. Você pode acompanhar pela internet, na página www.camara.gov.br, no item Transparência, dados sobre os gastos da instituição e dos parlamentares.
10 novembro 2006
Livros Grátis
09 novembro 2006
Melhora a distribuição de renda
A notícia pode ser lida também na edição online em Ainda bem longe do ideal e Distribuição menos desigual.
Ainda longe do ideal, mas melhorando. Interrompido um ciclo de aumento das desigualdades que se perpetua desde que o país foi criado. É nosso dever ajudar a manter a elite longe do poder e quem sabe em alguns anos podemos ter um país decente.
02 novembro 2006
Repórteres intimidados?
Dos três poderes da República, creio que o pior é a Justiça. A condenação do professor Emir Sader é a enésima demonstração do comportamento parcial e faccioso de juizes brasileiros, e do evidente conluio entre magistrados e oligarcas de vários calíbres, bem como empresas midiáticas. Não se trata exatamente de uma conspirata, e sim, de consequência de sentimentos de solidariedade estabelecidos nestes escalões, nutridos, do lado da magistratura, por uma mistura de reverência e medo. A pantomima montada em torna do depoimento dos três repórteres da revista Veja, que afirmam terem sido destratados por um delegado, é algo típico deste nosso país infeliz por obra e graça de uma elite medieval. Impecável a nota divulgada pela procuradora da República, Elisabeth Mitiko Kobayashi, que acompanhou o depoimento dos três jornalistas, convocados como testemunhas em inquérito para apurar eventual conduta indevida de policiais da PF paulista, e não para investigação interna da Polícia Federal, como pretende Veja. E a procuradora esclarece “não ter havido qualquer ato de intimidação”, o que teria “provocado imediata reação de minha parte”. Delicioso, como se dá com frequência, o principal editorial da Folha de hoje, a tomar as dores, entre outras coisas, dos repórteres da Veja. Leitura edificante.
Link para a postagem.
01 novembro 2006
Requião solta o verbo
31 outubro 2006
Mais Nassif
Trecho:
Criou-se um clima muito pesado de patrulhamento, ataques, macarthismo. Os colunistas, de uma maneira quase unânime, entraram nesse clima - até por constrangimento. Aquela posição relativamente diversificada que existia nos jornais, através de seus colunistas, acabou. Os colunistas foram inibidos. Há jornalistas aí, com 40 anos de carreira, que escreveram 365 artigos, um por dia, sobre o mesmo assunto, todo dia pedindo a cabeça do Lula.
Por que Lula foi reeleito
E o “mensalão? Por que não foi capaz de matar a candidatura Lula? Que “blindagem” é essa?
Sem entrar na discussão da histeria da mídia e de “formadores de opinião” frustrados por se perceberem inteiramente incapazes de formar qualquer opinião, a gravidade do que foi suscitado pelas denúncias nunca foi ignorada ou menosprezada pelo eleitorado. O que a maioria fez, apenas, foi uma ponderação de acertos e erros, chegando à conclusão que os primeiros foram maiores que os segundos, especialmente porque sabia, por experiência ou intuição, que os pecados do”mensalão” são a regra e não a exceção.
Mas essas considerações objetivas não foram tudo nesta eleição que terminou. A seu lado, ainda que de maneira nem sempre consciente, esteve presente outra causa, que me parece decisiva.
Mandar Lula de volta para casa, não lhe conceder a “outra” metade do mandato, seria um golpe grande demais para seus eleitores. Fazê-lo seria como que admitir que não existe alternância possível no Brasil - não a mera alternância política, mas a alternância de classe a que nos referimos. Às vezes até fazendo com que, deliberadamente, muitos eleitores preferissem não saber de coisas contra ele, a idéia de alternância esteve presente e foi fundamental na eleição e na reeleição de Lula.
A derrota de Lula seria o abortamento da alternância, a admissão que não há saída fora da elite. Era concordar com a idéia de que um presidente vindo do povo não consegue mesmo ser um bom presidente e que nem sequer o direito de completar seu trabalho lhe deve ser estendido. Com ele, perderiam muitos outros Lulas.
Ainda bem que ganhou.
Se todos fossem iguais a você
Muito diferente dos colunistas que escrevem para a "patrulha que grita petralha".
26 outubro 2006
O verdadeiro debate
Brasil: Muito além do Cidadão Kane
Para mais detalhes ler as últimas revistas Carta Capital, a edição extra que sai amanhã ou o blog ConversaAfiada do jornalista Paulo Henrique Amorim. Deste blog seleciono dois links:
1 - NÓS, CONTRA KAMEL, reproduz uma reportagem que fala sobre o golpe que levou ao segundo turno e a cobertura dada pela mídia no caso do Dossiê.
2 - COMO GOVERNAR QUANDO TODA A IMPRENSA É CONTRA, compara a perseguição sofrida por Lula com Chavez e Roosevelt. Conclui o jornalista que Lula deve seguir o caminho de Roosevelt e se aproveitar de uma nova tecnologia de comunicação, a internet.
Claro que a internet, por enquanto, não atinge toda a população como outros veículos, mas pode atingir formadores opinião. Precisamos de uma reformulação de toda a mídia, mas por enquanto a internet é a única opção livre e capaz de atingir parcelas significativas da população em todas as regiões do país.
Tudo isto me lembra do excelente Brasil: Muito além do Cidadão Kane, que pode ser baixado no site do Centro de Midia Independente ou assistido no Google Video. Trata-se de um documentário feito pela BBC que conta a história da Globo, sua criação, o apoio aos militares e a manipulação nas eleições de 89. A repercussão no Brasil foi insignificante, pois o documentário foi proibido graças a uma ação judicial movida pelo Roberto Marinho.
O golpe que levou Collor ao poder tem grandes similaridades com o aplicado no 1º turno. Provou-se, até agora, insuficiente para alavancar Alckmin no 2º turno, porém não podemos esquecer que restam alguns dias até a eleição. Ando ouvindo rumores de PSDBistas que algo está sendo preparado e as eleições ainda não estão encerradas. Amanhã tem JN e debate na Globo, só pensar nisto já traz um certo medo. Blogueiros mantenham seus olhos abertos.
12 outubro 2006
Mentiras e Chiliques
Entre o muito que falseou no último debate na Band, Alckmin contou uma absurda mentira, com a cara limpa e aquela pose de sério que os tucanos adoram manter: disse ser contra a redução da maioridade penal.
Pois não é que Geraldo Alckmin é o autor do projeto de lei 1734/89 que visa exatamente reduzir a maioridade penal para os 16 anos? O projeto foi barrado por ter sido considerado inconstitucional (por unanimidade) pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
Veja a justificação, abaixo:
MENTIRA 2
É bom lembrar que:
- O chamado "Aerolula" não pertence à presidência da república, mas à FAB.
- O dinheiro para a compra do avião saiu do orçamento da FAB, a compra do Airbus está prevista no orçamento do plano de reaparelhamento da FAB, aprovado pelo congresso em 2001 (ainda gestão FHC).
- O antigo avião, o Sucatão, estava em tão péssimas condições que vários países proibiam que o mesmo circulasse em seu espaço aéreo (os EUA inclusive). Segundo a Aeronáutica, o aluguel de um avião privado para o transporte do presidente no governo FHC custava US$ 12 mil por hora voada, contra US$ 2.100 no uso do AeroLula.
- A economia em aluguel e em multas, que eram constantes, paga o valor do Airbus em cerca de 10 anos. A vida útil do avião é de 30 anos.
Trecho de um programa da TV Australiana. Isso ele não faz por aqui, ia ser divertido.
10 outubro 2006
Quem quer quebrar a Aracruz Celulose?
Houve quem ficasse revoltado quando as mulheres da Via Campesina quebraram um laboratório da Aracruz Celulose.
A Via Campesina se justificou dizendo que era necessário chamar a atenção para o grave problema ambiental dos chamado "Desertos Verdes" (veja aqui e aqui) e do, mais grave ainda, problema da expulsão violenta de índios e caboclos de suas terras, para transformá-las em plantação de eucalípto.
Algum resultado foi obtido, mas insuficiente diante da apatia da sociedade em relação ao tema e da conivência dos grandes meios de comunicação para com os crimes ligado à terra.
Mas eis que, através do blog do André Dahmer, autor dos Malvados fico sabendo disso:
04 outubro 2006
A derradeira chance do capitalismo.
Gostei do resultado pois consegui por em palavras um opinião que tenho desde as eleições de 2002, que é a de que a eleição de Lula e o sucesso ou fracasso de seu governo (especialmente no sentido da governabilidade) seriam relevantes para avaliarmos nosso sistema social, econômico e político, e colocarmos a prova sua natureza democrática e sua maturidade.
Estas idéias me vieram novamente enquanto acompanhava todas as artimanhas e todo o esforço empregados pela classe dominante para impedir que se reeleja um presidente que fez um governo bastante positivo, mesmo sem ter enfrentado frontalmente estas mesmas classes.
Reproduzo, abaixo, meu comentário:
edson escreveu:
Saramago e o Sebastião Salgado q foi uma das coisas mais surrealistas q já presenciei. Me senti no século 19
02 outubro 2006
Segundo turno: com alegria!
Agora é hora de trabalhar: Defender o Lula e seu governo, sem ser agressivo, sem arrogância, sem aderir ao baixo nível do inimigo, sem subestimar a inteligência do povo, que é sábio, mesmo sem instrução e apesar das novelas que tentam ludibriá-lo, especialmente aquela novela chamada Jornal Nacional.
À luta, companheiros: àquela luta cheia de alegria dos que sabem estar do lado da verdade e do bem comum!
28 setembro 2006
Destruindo os mitos do voto em Lula
Teses Equivocadas Sobre o Voto em Lula. Ótima para todos aqueles que acham que votam no Lula só pobres, burros e nordestinos. Deveriam distribuir alguns exemplares para certos grupos de mídia. Quem sabe aprendem a utilizar dados para fazer jornalismo e não para justificar preconceitos.
Infelizmente no site não é possível ver as estatísticas, disponíveis apenas na revista física. Segue um pequeno trecho:
Essa tese não se sustenta em nada de sólido. As evidências de que o Bolsa-Família “explica” o voto em Lula nas famílias beneficiárias, ao contrário, são muito frágeis. Para sustentar o argumento, seria necessário mostrar, por exemplo, que eleitores de famílias análogas, mas onde não há beneficiários, votam de maneira significativamente diferente, coisa que, até agora, não foi demonstrada com adequado rigor.
Se, no plano individual, a prova é, no mínimo, inconclusiva, no plano coletivo é menos ainda. Se fosse verdade que o programa tem esse tipo de impacto, seria razoável esperar que, em cidades onde a cobertura é maior, a propensão a votar em Lula aumentasse, seja por haver mais beneficiários diretos, seja por haver ganhos indiretos (no comércio, especialmente) que seus habitantes creditassem a ele.
Com base em pesquisas como as que fazemos, nós e os demais institutos, não se pode dizer isso, nem de longe. O que temos, quando classificamos os municípios incluídos em nossa amostra em categorias de cobertura, indo de “baixa”, “média”, “alta” a “muito alta”, é que todos os tipos de município tendem a votar de maneira semelhante. Ou seja, não há qualquer relação entre viver em municípios de “baixa” ou “muito alta” cobertura e votar ou não votar em Lula.
25 setembro 2006
Franklin Martins: Na reta final, é preciso cuidado para não se envenenar país.
Trecho:
Pretendia escrever a coluna de hoje sobre as discrepâncias entre as mais recentes pesquisas do Ibope e do Datafolha. Mas mudei de idéia ao ler matéria publicada no Estadão desta segunda-feira sob o título “Rigor com a corrupção na política varia com região e condição social” e o subtítulo “Eleitor do Nordeste expressa maior tolerância com desvios do que o do Sudeste”. É séria candidata ao primeiro lugar da campanha “Vamos envenenar este país” em curso em muitos jornalões brasileiros.
22 setembro 2006
Pobreza cai em três anos de Lula
A FGV compara estes dados com os três melhores anos do governo FHC, sendo que o governo petista ganha por 0,1% na redução anual da pobreza, 5,2% contra 5,1%.
Vale ressaltar que a comparação foi feita com os três MELHORES anos do psdbista, nos demais não houve queda alguma. Levando em conta que o método de escolha dos anos é arbitrário, poderiamos pegar os três piores: 5,2% Lula X 0% FHC.
21 setembro 2006
A estratégia é bem clara
Heloísa Helena é campeã em noticiários favoráveisEntão tenta-se desmoralizar o Lula, passar votos para a Heloisa Helena (já que o Alckmin não consegue mesmo) e forçar um segundo turno, entre Lula e Alckmin. E Heloisa Helena e seus nefelibatas mais uma vez servindo de marionete, ou trampolim, para os respresentantes da direita mais nociva que existe.
Em uma análise do comportamento da imprensa durante as eleições presidenciais, a candidata Heloísa Helena (Psol) é a campeã do noticiário favorável, seguida de Cristovam Buarque (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). O presidente Lula, por sua vez, recebe um constante tratamento negativo, tanto nos noticiários em que aparece como candidato quanto como presidente.
A avaliação foi feita pelo Observatório Brasileiro de Mídia, entidade dirigida por professores da USP, UNB e PUC paulista que foi criada no ano passado. Eles fazem a análise dos principais jornais e qualificam as matérias como positivas, neutras ou negativas para cada um dos quatro principais nomes. O trabalho começou no início de julho e até o momento já foram publicados 11 relatórios semanais.
O Povo contra o Golpe!
Mauro Carrara: Mobilização Popular Contra o Golpe.
Laerte Braga: O jogo sórdido das eleições.
20 setembro 2006
Assalto à imprensa
Mas os comentários estão ótimos. Eis alguns:
Fábio José Mello , Descalvado-SP - Jornalista
Para serem respeitadas, as grandes corporações de mídia precisam se dar o respeito. Não podem juntar-se a arapongas, não podem dar dinheiro para campanha de deputados, não podem sonegar informações, não podem adulterar fotos, não podem manipular debates, não podem interferir no processo eleitoral, não podem receber propina, não podem achincalhar a honra alheia, não podem ter propriedades cruzadas, não podem MENTIR... Não vejo nenhum problema em se democratizar a informação, que não pode mais ficar nas mãos de um grupo de famílias. A sociedade não aceita mais ser refém dessas famílias.
Euclides Rodrigues de Moraes , João Pessoa-PB - Bancário
Sr. Dines. O Senhor quando faz uma afirmação dessas "quando não pelos esbirros do lúmpen jornalístico chapa-branca", não está confundindo um pouco as coisas? Pois se há partidarismos por parte da Imprensa, nunca foi em favor do PT ou o Senhor está nos tratando por abestalhados? Então, estamos todos cegos e surdos, para dizer o mínimo, e por conta disso, não estamos entendendo o que vem acontecendo, neste País, desde a posse de Lula e intensificando-se desde maio/05, A imprensa não vem distorcendo fatos e considerando como verdadeiras, quaisquer insinuações contra o PT, por mais descabidas que sejam? Ou como já questionei, aqui mesmo no OI, e agora confirmado pela juíza do Trabalho, Zuleica Jorgensen Malta Nascimento, que não há crime na compra de informações, mas em que isso foi considerado pela imprensa? Além do mais Senhor Dines, por que o Senhor entende que a imprensa não pode ter algum tipo de organismo que defenda as pessoas de seus excessos? Será que ao ofendido só restará o recurso de dar um tiro no jornalista como única forma de defesa de acusações injustas?
Entendo que é uma opção completamente fora de propósito. Não quero nem falar dos casos atuais, mas do Alcenir Guerra, Ibsen Pinheiro, Escola de Base, etc, a imprensa abriu os seus espaços e acusou os dois primeiros de ladrões e aos últimos de criminosos, depois ficou provado e comprovado que eram inocentes, destruíram a vidas dessas pessoas e nada aconteceu, nem contra as empresas nem contra os jornalistas, nem uma mísera censura pública e o Senhor entende que deve continuar assim! Que categoria é esta que paira acima das Leis da Liberdade e do Respeito que o Senhor defende? É tão fora de propósito a colocação que chega beirar o absurdo, pois dentro dessa concepção, basta ser jornalista para se tornar um 007, com licença para matar e destruir e o restante da sociedade que se exploda, até o Direito, mais elementar, que é o de se defender e pleitear a condenação de quem lhe acusa injustamente, é permitido, pois a Liberdade de Imprensa é mais importante do que a Honra a Liberdade e o Respeito da pessoa humana!
Marnei Fernando , Anapolis-GO - Publicitario
A imprensa é que tem assaltado o povo brasileiro com suas manchetes de escândalos sem comprovação... no caso da Revista Época é bem diferente... lá existem provas... cópias de cheques... fotos e muito mais... o que não dá pra aceitar é a imprensa toda desvirando o foco das denúncias para prejudicar uns e inocentar outros de acordo com suas conveniências e preferências... compactuando e se alinhando ao golpismo a demogracia brasileira... isto sim é roubar o direito a informação verdadeira... É preciso sim que o governo regulamente esse "poder paralelo"... pedimos respeito à nossa inteligência...
Marcio Peralta , Petrópolis-RJ - Médico
Caro Dines. Realmente voce é um craque. Escreve exatamente o contrário daquilo que pensa, pois é óbvio que com a sua cultura e seu discernimento já deve ter percebido a instrumentalização da "instituição jornalística" pavimentando um possivel golpe. È possivel que exista algo que os mortais não conheçam, mas até agora voce não escreveu nada de novo.só está fazendo papel de diversionista que é muito pouco para sua qualificação Discorde, mas não exagere na tinta marrom. Vamos analisar os fatos: O dossiê-SERRA como fonte de provas é fraquinho, o problema é que as investigações podem prosseguir e então, meu caro, só dando um golpe para abafar...
Mauro Sampaio , Brasília-DF - jornalista
Que tentativa de aliciamento é essa? Considero legítimo procurar a imprensa da mesma forma que ela procura suas fontes. A imprensa está desmoralizada é pela possível vitória de Lula quando ela pensou que faria a cabeça do eleitor.
Eliseu Mariotti , João Pessoa-PB - Publicitário
Do jeito que está este artigo, me parece querer dizer que a imprensa é uma pobre ferramenta ingênua e manipulada por políticos mal-intencionados. Faz muito tempo que o brasileiro, e pode-se dizer que a classe b, c e d não se deixam levar por afirmações como essas acima. A grande mídia sempre agiu como o quarto poder, a verdade é que passou na frente dos outros 3. Os verdadeiros manipuladores da política estão atrás da grande imprensa e quem são, esta não revela. Trabalham ou estão na mão daqueles que sempre agiram nos porões de nosso país e não se mostram. E mais, a imprensa não se conforma em não manipular, em não formar mais opiniões do brasileiro, inclusive o analfabeto. Esta tem sido uma granda e justa perda de poder desta que se diz uma imprensa injustiçada e comprada forçosamente. Coitado dos nossos jornalistas!!! Aqui vai uma dica. O brasileiro acordou, não aceitaremos um Golpe de Estado legalizado!! Aqui não é a Tailândia, a diferença é que lá foram os militares!!! Acordem Abutres da Elite, seu tempo acabou!!!
Ricardo Farias , Rio de Janeiro-RJ - Professor
O dever da imprensa é investigar sim todo o problema da compra do dossiê, assim como a origem desse dinheiro todo. Mas, daí a usar o crime da compra do material com o intuito de abafar o seu conteúdo é sinal de que, na verdade, a imprensa está comprometida até o pescoço com o projeto de venda das riquezas nacionais encarnado pelos tucanos.
Zuleica Jorgensen Malta Nascimento , Rio de Janeiro-RJ - Juiza do Trabalho
Curioso que você e toda a imprensa branca deram total cobertura a tudo quanto o Vendoim disse a respeito de outros políticos, especialmente dos que apoiam o Governo Lula, acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias. Mas agora, quando a corda arrebenta do lado do Serra e do Alckmim, você diz que se trata de jornalismo marrom, de armação do PT e coisa e loisa. Você e toda essa imprensa [ ] sabem que não há crime na compra de dossiês, mas tratam disso como se fosse o pior dos delitos. O que seria da imprensa (branca e marrom!) se comprar informação fosse crime? Tudo isso não passa de cortina de fumaça para abalar a eleição do Lula, praticamente certa, e desmoralizar, de cara, o segundo mandato. Aliás, o PSDB e caterva já disseram que não vão dar sossego ao Lula. É a política do quanto pior melhor, que vocês sempre atacaram, quando supostamente promovida pela esquerda. É lastimável que o Brasil ainda esteja, em termos de imprensa, na primeira infância, quando a gente só faz o que interessa a nós mesmos. Meus pêsames.
Ainda o Golpe
A mídia golpista mostra suas garras
O Globo
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, foi diretamente envolvido ontem no escândalo da compra de um dossiê com supostas denúncias contra o tucano José Serra, candidato a governador de São Paulo. A revista Época revelou que o petista Osvaldo Bargas - um velho amigo do presidente Lula que foi secretário do Ministério do Trabalho e atualmente é um dos responsáveis pelo programa de governo de Lula - ofereceu o dossiê a um de seus jornalistas. Bargas é casado com Mônica Zerbinato, secretária pessoal de Lula. Acompanhado de Jorge Lorenzetti, chefe do núcleo de informação e inteligência da campanha de Lula, Bargas disse ao repórter da Época que Berzoini sabia do encontro, embora não conhecesse o assunto.
O Estado de São Paulo
Mais dois petistas foram envolvidos ontem no escândalo do dossiê com supostas informações prejudiciais ao candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra. Um deles é Oswaldo Bargas, secretário do Ministério do Trabalho na gestão de Ricardo Berzoini e ultimamente integrante da campanha do presidente Lula; o outro é o próprio Berzoini, que atualmente preside o PT. A revista Época informou que Bargas a procurou oferecendo "denúncias sérias" contra Serra. Bargas disse que Berzoini sabia da oferta, embora não conhecesse o material.
Ao falar do dossiê, as informações não passam de suposições e não merecem a atenção da mídia. Já Berzoini se econtra diretamente envolvido, simplesmente por saber que haveria uma reunião. Até que os fatos sejam realmente apurados tudo não passa de suposição e deveria ser tratada como tal, tanto para Serra quanto Berzoini. O problema é que todos os olhos se viram para onde os veículos de desinformação mandam. No fim em um lado o conteúdo do famigerado dossiê será esquecido enquanto no outro, comprovando-se ou não o envolvimento, grandes cabeças petistas terão que rolar. Ficará "provado" que tinham razão, pois apenas o lado que eles acusam é julgado.
Este tratamento não é de hoje. Todos os supostos crimes de FHC e Alckmin nunca ganharam a devida atenção da gorda mídia e acabaram não sendo investigados. Nunca deixaram o status de suposição. Já para o atual governo impera o denuncismo, não são necessárias provas.
E a Polícia Federal não precisa mais investigar a origem dos 1,7 milhões que seriam utilizados para comprar o dossiê. Com certeza veio de Cuba em caixas de charuto.
Dalmo Dallari: "É pura encenação eleitoral"
Terra Magazine - Qual pode ser o resultado do pedido feito ao TSE?
Dalmo Dallari - Isso é pura encenação eleitoral. Esse pedido não tem a mínima consistência. Um dado que me chama a atenção é que essas ameaças de ação judicial estão sendo usadas como cortina de fumaça para que não se pergunte sobre o conteúdo do dossiê. Que tipo de acusações ele tem? Seria essencial conhecer isso.
19 setembro 2006
18 setembro 2006
Recordar é viver: a tradição da direita brasileira é golpista
A realidade dos “acontecimentos” tem uma dimensão seletiva na mídia. Alguns “acontecimentos” são mais “acontecimentos” do que outros. E merecem qualificação diferenciada: as denúncias contra Serra rapidamente são descritas sob o guarda-chuva da “armação”. Um desses “acontecimentos” merece atenção menor. O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse sexta que os escândalos de corrupção investigados pela CGU começaram em governos anteriores. E acrescentou que as denúncias envolvendo ministros de governos passados, como José Serra, devem receber o mesmo tratamento das denúncias que envolvem integrantes e ex-integrantes do governo Lula, como o ex-ministro da Saúde, Humberto Costa. Esse “acontecimento” teve um destaque muito menor na mídia. No final de semana, as manchetes falavam das investigações da PF para apurar o envolvimento de petistas em uma “armação” contra Serra.
“Quadro de horror e opressão"
No final da tarde de domingo, somos informados de mais um “acontecimento”. Três ministros do TSE tiveram seus telefones grampeados. Entre eles, o presidente do Tribunal, ministro Marco Aurélio Mello. Uma nota do TSE anuncia a convocação de uma coletiva para a manhã de segunda-feira. Antes do anúncio de qualquer investigação sobre o caso, o ministro já antecipa algumas opiniões na imprensa. “Se partiu de um particular, político ou do crime organizado, é condenável. Mas se partiu do Estado mostra que quadro de horror e opressão estamos vivendo. Um ministro do Supremo ser bisbilhotado é uma coisa inimaginável”, declarou Marco Aurélio Mello à Agência Globo. A declaração do ministro mal consegue disfarçar sua visão sobre a conjuntura atual: estaríamos vivendo um quadro de horror e opressão. A caracterização do presidente do TSE não é exatamente nova.
Na semana passada, Marco Aurélio Mello declarou que a reeleição é péssima para a democracia. Se, por um lado, o instituto da reeleição é um problema sério que deve ser discutido, por outro, a declaração, no contexto da campanha eleitoral, significa que o presidente do TSE recomenda à população que não vote nos candidatos que disputam a reeleição, entre eles o presidente. Não custa lembrar: não é atribuição do presidente do TSE dizer à população em quem deve ou não votar. Tampouco é atribuição de um magistrado antecipar opiniões sobre uma investigação que ainda será iniciada. A pressa em indicar possíveis culpados indica uma ansiedade singular. Uma ansiedade em tornar um “acontecimento” o “quadro de horror e opressão que estamos vivendo”. E qual é exatamente esse “quadro de horror e de opressão”? Do ponto de vista político, é o quadro de um cenário eleitoral que aponta para a reeleição do atual presidente do país.
Repetição e memória
Não é a primeira vez que esse quadro ocorre. E, em se tratando de repetições, a memória costuma ser uma boa conselheira. No dia 27 de setembro de 1998 a Folha de São Paulo publicou uma entrevista realizada com o então Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ilmar Galvão, onde este expressou publicamente seu apoio a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidente do TSE afirmou: "Se eu fosse Congressista, nunca aprovaria a reeleição para Governador e Prefeito. Quando muito, para Presidente da República, em uma conjuntura como a atual, em que a permanência do Presidente da República é um fato indispensável para a manutenção e para consolidação do modelo econômico que foi implantado no Brasil." A entrevista não ganhou grande repercussão nos noticiários televisivos. A oposição exigiu que o ministro se retratasse publicamente, mas Galvão não se abalou com o episódio, limitando-se a dizer que havia sido mal interpretado pela imprensa.
Na época, a comissão de Defesa da Ética na Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota oficial lamentando o ocorrido e manifestando temor pelo bom andamento das eleições. A comissão concluiu que cabia ao ministro Ilmar Galvão avaliar se o episódio havia abalado a necessária imparcialidade de sua atuação na condução das eleições. O caso foi de extrema gravidade, pois mostrou um Ministro do TSE, presidente da última instância judiciária eleitoral, declarando sua preferência eleitoral sem qualquer constrangimento. Não houve nenhum escarcéu na mídia, muito pelo contrário. Reinou o silêncio. O máximo que se viu foi um pedido de exame de consciência por parte da OAB. Nunca é demais lembrar: o papel da justiça eleitoral é trabalhar para garantir a licitude do pleito de forma imparcial e obedecendo a legalidade vigente. Esse princípio básico foi desrespeitado de forma escancarada. E ficou tudo por isso mesmo.
A geografia seletiva do mar de lama
Ficou tudo por isso mesmo. Essa é uma expressão familiar à história política do Brasil. Ao longo do século XX, o país teve duas experiências de governos com pendores populares, com todos os seus limites e contradições. Um deles acabou com o suicídio do presidente da República. O outro foi abortado por um golpe militar. A terceira dessas experiências, que estamos vivenciando agora, curiosamente experimenta alguns fenômenos que se repetiram nas duas primeiras. O “mar de lama” parece só vir à tona no país quando um governo com algum grau de comprometimento popular chega ao poder. Isso aconteceu também em escala regional. A mais importante experiência de um governo estadual de esquerda no país, o governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul, foi atravessada por denúncias de corrupção e de envolvimento com “a máfia internacional da jogatina”. Este governo enfrentou uma CPI da Segurança Pública, tão pródiga em denúncias quanto em falta de provas, o que resultou no arquivamento das primeiras pelo Ministério Público.
O quadro então é este. Qualquer governo que tenha um cheiro de esquerda, por mais tênue que seja, é logo acusado de estar patrocinando um “mar de lama”. Os outros governos, com cheiro, gosto e cor de direita, seriam expressões de moralidade pública. Considerando o tempo histórico que uns e outros governaram esse país, chega-se à conclusão que os problemas do Brasil devem-se aos poucos anos que governos com algum pendor popular estiveram no poder. Neste domingo, o presidente nacional do PFL, o senador banqueiro Jorge Bornhausen (PFL/SC), defendeu a cassação do registro da candidatura do PT. Bornhausen que, recentemente, expressou o modesto desejo de “se ver livre desta raça por 30 anos”, afirmou: “Como sempre, o PT vive no submundo do crime, da falcatrua, da chantagem e do uso do dinheiro público”. Outro grande líder democrata do país, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA), chamou o presidente Lula de “rato”. Seu currículo de serviçal da ditadura militar e suas recentes declarações defendendo uma nova intervenção dos militares na vida política do país (clique AQUI para ver), devem ser vistos, talvez, como acidentes de percurso.
Mas o que a história do país mostra é que não há acidentes de percurso. Mostra que se deve desconfiar daquilo que se apresenta como coincidência. Mostra que se deve levar a sério esses últimos acontecimentos, com ou sem aspas, como uma boa maneira de dar conseqüência ao que está se passando ao nosso redor. A mescla de silêncio e seletividade midiática é um sinal de alerta mais do que suficiente. De maus modos também se morre. A falta de memória e a desatenção estão nessa tenebrosa lista, em que o golpismo se imiscui, para dizer quem pode e quem não pode, governar, e quem pode e quem não pode, ter direitos. Ao longo da história, a imprensa brasileira não sobrevoou esses “acontecimentos” como um anjo que olha, compassivo, os acontecimentos terrenos. Pelo contrário, sempre foi um protagonista ativo, com lado definido. O fato de silenciar sobre o engajamento escandaloso de um presidente do TSE em um processo eleitoral, como ocorreu durante o governo FHC, não é acidental. A única coisa acidental que pode haver aqui é a falta de atenção.
O fim da era da pedra no lago
Não custa lembrar então um fenômeno novo nesta relação da mídia com a sociedade. Um fenômeno apontado pelo jornalista Franklin Martins em recente entrevista à revista Caros Amigos. Segundo ele, estamos vivendo um fenômeno novo importantíssimo na vida política brasileira do qual as pessoas ainda não se deram conta: o fim da era da pedra no lago. Ele explica: “Nós tínhamos um padrão de comportamento que vem desde o final da luta contra a ditadura. Produzia-se um fenômeno político, a classe média formava uma opinião a respeito e essa opinião se estendia para a periferia. Como a pedra no lago: caiu a pedra na classe média, formando ondas concêntricas para os lados. A classe média era a dos chamados formadores de opinião, você os conquistava, tinha resolvido a parada. Ao que assistimos nessa crise do mensalão? A classe média formou a convicção de que o governo estava tomado por uma quadrilha, por uma bandidagem, etc. – não estou discutindo se isso é verdade ou não -, ela formou essa convicção, bateu a pedra no lago...”
“...as ondas começaram, daqui a pouco...bateu em algum lugar, tinha um dique, e as ondas começaram a voltar. Bateu onde? Bateu na classe C. É o pessoal que ganha de dois a cinco salários mínimos que olhou e disse: “Espera um instantinho, não é bem assim, eu penso um pouco diferente. Tem roubalheira? Tem. Roubou o governo? Roubou. O Lula é algum santo? Não. O Lula sabia? Acho até que sabia, mas é o seguinte: sempre foi assim e a minha vida está melhor hoje em dia, quero discutir isso também. O BNDES anunciou um plano para financiamento de 300.000 computadores até o valor unitário de 1.400 reais. Pra onde eles vão? Para a classe C. Seis milhões de pessoas foram incorporadas à classe C segundo as estatísticas, foi manchete de todos os jornais. Quer dizer, 10% do mercado brasileiro. Agora que estou melhorando de vida, vocês querem derrubar esse governo?”
Essa é a idéia. E é exatamente por isso que as próximas semanas devem ser pesadíssimas. Os advogados do PSDB apresentam nesta segunda, em Brasília, uma representação ao TSE contra o que consideram “interferência do governo no processo eleitoral”. A ação será movida contra o presidente Lula, contra o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos e contra o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Para o PSDB, “há fatos suficientes para a cassação do registro da candidatura de Lula”. Com o seu candidato estagnado nas pesquisas, tucanos e pefelistas devem partir para a radicalização nos próximos dias, tentando atingir a candidatura Lula. O objetivo não é necessariamente impedir a vitória de Lula, mas sim inviabilizar um segundo governo. A julgar pelo tiroteio verbal deste fim de semana e pelo surgimento de novas denúncias, acusações e “acontecimentos”, os últimos dias da campanha eleitoral serão de tripa na calçada. Se alguém achava que a campanha seria marcada pela “apatia” pode se preparar para fortes emoções. Vai engrossar.
As elites brasileiras não toleram sequer um governo do PT que mistura um Bolsa Família com lucros inéditos aos bancos. As elites brasileiras não toleram não estar no poder. Não toleram a mínima possibilidade de perder espaço de poder. Por isso, nada está resolvido. Nada está ganho. Não há nenhuma vitória garantida. Atenção redobrada é o melhor antídoto contra os maus modos que continuam a nos espreitar.
14 setembro 2006
Xô, Sarney
11 setembro 2006
ALELUIA ! O IMPEACHMENT JÁ TEM UM LIDER
18 agosto 2006
Por Cuba
Desde que foi comunicado o estado de saúde de Fidel Castro e a delegação provisória de seus cargos, altos funcionários norte-americanos têm formulado declarações cada vez mais explícitas acerca do futuro imediato de Cuba. O secretário de Comércio Carlos Gutiérrez opinou que ''chegou o momento de uma verdadeira transição até uma verdadeira democracia'' e o porta-voz da Casa Branca Tony Snow disse que seu governo está ''pronto e ansioso para outorgar assistência humanitária, econômica e de outra natureza ao povo de Cuba'', o que acaba de ser reiterado pelo presidente Bush.
Já a ''Comissão por uma Cuba Livre'', presidida pela secretária de Estado Condoleezza Rice, havia destacado um informe em meados de junho ''a urgência de trabalhar hoje para garantir que a estratégia de sucessão do regime de Castro não tenha êxito'' e o presidente Bush sinalizou que este documento ''demonstra que estamos trabalhando ativamente por uma mudança de Cuba, não simplesmente esperando que isso ocorra''. O Departamento de Estado destacou que o plano inclui medidas que permanecerão secretas ''por razões de segurança nacional'' e para assegurar sua ''efetiva realização".
Não é difícil imaginar o caráter de tais medidas e da ''assistência'' anunciada se tem-se conta da militarização da política exterior da atual administração estadunidense e sua atuação no Iraque. Ante essa ameaça crescente contra a integridade de uma nação, a paz e a segurança na América Latina e no mundo, os abaixo-assinados exigimos que o governo dos Estados Unidos respeite a soberania de Cuba. Devemos impedir a todo custo uma nova agressão.
17 agosto 2006
Candidato tucano culpa nordestinos pelos problemas educacionais de São Paulo
E Aloízio Mercadante teve que tirar de seu site a declaração de que o comentário preconceituoso era, oras, preconceituoso. Mas o site de Serra poder chamar os petistas de "mentirosos" que teriam distorcidos suas declarações. Ou seja, nada de novo.
Heloísa Helena e a tática da direita
"Basta à violência" – e ao erro e à autolouvação
Por associação de idéias com a folha corrida do termo "ordem pública" chego, por fim, à passagem do texto onde se lê que "a imprensa sempre esteve alinhada às grandes causas da cidadania".
Sempre, modo de falar. Há 40 anos, a mesma imprensa que vem pregar "a consolidação da democracia em nosso país" fechou com o golpe liberticida que derrubou em nosso país um governo constitucional. E até o golpe dentro do golpe que foi o AI-5, de dezembro de 1969, a "imprensa sadia", como ela se qualificava, continuou a somar com a ditadura.
20 julho 2006
Israel
Agora, que entre as muitas vítimas de Israel existem brasileiros, que entre as muitas crianças assassinadas por Israel existe um menino brasileiro de 7 anos, será que nossa imprensa vai aprender a lição? Será que a Globo vai manter o idiota do Losekan no ar, tentando explicar para a família do menininho Basel Irmad Termos que seu assassinato foi justo? Por que, afinal, não colocam um Carlos Dorneles - autor do bom "Deus é inocente - a imprensa não" para cobrir o oriente-médio?
Israel é um dos três países a não assinar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares de 1970. É a única potência nuclear do planeta a não permitir a inspeção de suas instalações nucleares. Acredita-se que Israel tenha entre 150 a 200 bombas nucleares. Mas a imprensa só considera o Irã uma ameaça.
PS:
O prof. Idelber Avelar escreve sobre este assunto.
19 julho 2006
Lista dos Sanguessugas
Deputados que já foram notificados pela CPI dos Sanguessugas
Paulo Feijó (PSDB-RJ)
Paulo Baltazar (PSB-RJ)
João Caldas (PL-AL)
Cabo Júlio (PMDB-MG)
Pedro Henry (PP-MT)
Bispo Wanderval (PL-SP)
Iris Simões (PTB-PR)
Benedito Dias (PP-AM)
Lino Rossi (PP-MT)
Edir de Oliveira (PTB-RS)
Teté Bezerra (PMDB-MT)
Fernando Gonçalves (PTB-RJ)
Almeida de Jesus (PL-CE)
Pastor Amarildo (PSC-TO)
Nilton Capixaba (PTB-RO)
Deputados que foram notificados hoje pela CPI dos Sanguessugas
Reinaldo Betão (PL-RJ)
Isaías Silvestre (PSB-MG)
José Militão (PTB-MG)
Wellington Fagundes (PL-MT)
Mário Negromonte (PP-BA)
Laura Carneiro (PFL-RJ)
Zelinda Novaes (PFL-BA)
Vieira Reis (PRB-RJ)
Júnior Betão (PL-AC)
Ribamar Alves (PSB-MA)
Eduardo Gomes (PSDB-TO)
Eduardo Seabra (PTB-AM)
Osmânio Pereira (PTB-MG)
Jeferson Campos (PTB-SP)
João Batista (PP-SP)
Vanderlei Assis (PP-SP)
João Mendes de Jesus (PSB-RJ)
Doutor Heleno (PSC-RJ)
Reinaldo Gripp (PL-RJ)
José Divino (PRB-RJ)
Alceste Almeida (PTB-RR)
Marcos Abramo (PP-SP)
Nélio Dias (PP-RN)
Ricarte de Freitas (PTB-MT)
Cleonâncio Fonseca (PP-SE)
Benedito de Lira (PP-AL)
Reginaldo Germano (PP-BA)
Ricardo Estima (PPS-SP)
Neuton Lima (PTB-SP)
João Cerreia (PMDB-AC)
Amauri Gasques (PL-SP)
Maurício Rabelo (PL-TO)
Corialano Sales (PFL-BA)
Almir Moura (PFL-RJ)
Marcelino Fraga (PMDB-ES)
Raimundo Santos (PL-PA)
Edna Macedo (PTB-SP)
Irapuan Teixeira (PP-SP)
Itamar Serpa (PSDB-RJ)
Enivaldo Ribeiro (PP-PB)
Elaine Costa (PTB-RJ)
Senador
Ney Suassuna (PMDB-PB)
Total por partido:
PTB: 13
PP: 13
PL : 10
PMDB: 5
PFL: 4
PSB: 4
PSDB: 3
PRB: 2
PSC: 2
PPS: 1
10 julho 2006
Por que reeleger Lula?
Via Vermelho:
Datafolha mostra desconcentração de renda no governo Lula
Por Bernardo Joffily
O jornal Folha de S. Paulo deste domingo (9) revela números do instituto Datafolha que mostram uma visível desconcentração de renda no Brasil entre 2002 e 2006. A matéria tem m um título ardiloso, “Lula promove 6 milhões de eleitores para a classe C”, e a pesquisa usa os duvidosos critérios quantitativos da sociologia americana. Mesmo assim – veja o gráfico – mostra que a camada mais pobre dos brasileiros diminuiu de 46% para 38%, enquanto a média aumentou de 32% para 40%.
Os dados fazem parte da mesma pesquisa (com dados coletados em 28 e 29 de junho) que mostra Lula com 46% das intenções de voto, reelegendo-se no primeiro turno (todos os demais candidatos somam 39%), com votos que se concentral no eleitorado mais pobre.
Dados sociais e eleitorais coincidem
Não é por acaso que os dados sociais e eleitorais coincidem: basicamente, uns explicam os outros. “A melhora no consumo e nas expectativas dos eleitores mais pobres explica em grande medida o favoritismo do petista, que hoje venceria no primeiro turno”, admite a matéria da Folha.
Segundo o Datafolha, 37% dos pesquisados passaram a consumir mais alimentos; 31% reformaram a sua casa; e 49% acham que sua situação econômica vai melhorar. Em 2002 eram 38%.
Desde 1994, nunca foi tão baixo o percentual reclama do seu poder aquisitivo, diz o Dastafolha: “Hoje, 28% acham ‘muito pouco’ o que a família ganha. Eles somavam 45% antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva.”
O estudo classifica os cidadãos conforme o critério quantitativo, que se baseia nas feixas de renda e consumo, em “classe A/B”, “classe C” e “classe D”. A última, que forma a base da pirâmide, em 2006 deixou de ser a mais larga, possivelmente pela primeira vez.
A ginástica editorial da Folha
O editor da matéria viu-se obrigado a fazer alguma ginástica para não deixar que a pesquisa sirva como uma quase propaganda eleitoral de Lula. Para isso, teve de recorrer a fontes e enfoques sem relação com a pesquisa do instituto – que, no entanto, pertence ao mesmo grupo empresarial do jornal.
Entre as contorções, recorre-se até aos estrudos de Márcio Pochmann (economista da Unicamp e ex-secretário municipal do Trabalho em São Paulo na gestão Marta Suplicy), sobre o aumento da renda financeira dos ricos. Pochmann tem sido um crítico consequente e implacável do modelo neoliberal, ontem e hoje. Mas, curiosamente, a reportagem da Folha não pediu que ele comentasse os dados do Datafolha.
Com visível má-vontade, no pé da segunda página dedicada ao assunto, o jornal admite que “um cenário econômico positivo” está entre as causas da melhora na renda do eleitor. Cita o aumento dos benefícios da Previdência e programas sociais como o Bolsa-Família, mas por fim reconhece: “Os reajustes do salário mínimo acima da inflação (32,2% desde 2003), mais empregos (3,9 milhões formais), mais oferta de crédito e a queda da inflação (de 9,3% em 2003 para 4,5% projetados este ano) também têm forte peso”. Recorre porém a “analistas ouvidos pela Folha” para prognosticar que os benefícios não continuarão em 2007.
ATUALIZAÇÃO:
Deu também nO Globo de domingo, 9 de julho, caderno de economia. Trechos (grifo meu):
...
Mais de dois milhões de famílias brasileiras conseguiram ascender na pirâmide do consumo este ano e chegaram à classe média, o que representa cerca de sete milhões de pessoas. O segmento voltou a crescer, depois de amargar anos seguidos de empobrecimento com a estagnação ou o fraco crescimento econômico do país a partir da década de 80.
Emprego com carteira assinada em expansão recorde - foram criadas 1.251.557 vagas formais no último ano - crédito farto e renda do trabalhador reagindo (em maio a alta ficou em 7,7%, a maior desde 2002) são as explicações para a faixa intermediária na escala do consumo ressurgir nas estatísticas. Indicadores do mercado de trabalho e pesquisas de consumo atestam esse avanço. O Instituto de Pesquisa Target, que anualmente acompanha o potencial de consumo de cada classe com base nas pesquisas do IBGE e da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa de Mercado (Abep), constatou ainda que a parcela das famílias que ganham entre R$ 1.140 e R$ 3.750 já corresponde a 66,7% do total este ano, fatia bem superior à registrada em 2001, que fora de 60,7%.
Com mais dois milhões de casas na classe média, o que representa um acréscimo de 7,9% de 2005 para 2006, o consumo dessa parcela da população subirá em R$ 31,19 bilhões este ano, nas projeções da Target. Um avanço de 4,5%.
- Há um claro movimento de ascensão de classe O (renda familiar de R$ 570) subiram na pirâmide. Compraram mais bens duráveis e, como na classificação leva-se em conta também a posse desses bens, houve o avanço para a classe média - constatou o diretor da Target, Marcos Pazzini. Além disso, o diretor diz que este ano houve um aumento mais concentrado no número de domicílios das classes intermediárias.'Ou seja, mais famílias do segmento se formaram. Segundo pesquisas do instituto, a migração também está se dando da classe C para as B 1 e B2.
...
No mercado de trabalho o fenômeno se repete. A renda apropriada pelos 40% intermediários (estão entre os 50% mais pobres e os 10% mais ricos) subiu de 40,7% em outubro de 2004 para 41,7% no mesmo mês do ano passado. O economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra ainda outro número: a renda domiciliar per capita, descontada a inflação, subiu 14% em outubro de 2005 na comparação anual.
- Os símbolos da classe média, que são emprego com carteira assinada e acessos ao crédito e à faculdade, estão em expansão. O emprego formal dá segurança para consumir - diz Neri.
Na avaliação do economista, esse crescimento na participação veio para ficar, principalmente em relação ao emprego com carteira.
- As empresas estão confiantes, pois há custo na contratação. Por esse lado, a expansão parece sustentável. No início do Real, houve um pico de crescimento isolado, hoje o que se observa é equivalente a uma rampa contínua de crescimento. Quanto ao crédito, o avanço pode ser menor, mas deve continuar.
Essa confiança tomou conta da família de Denise Uchôa, advogada e supervisora de pessoal. Há seis meses, ela comprou o primeiro carro: um Siena 2004, à vista. Para completar o valor do veículo, recorreu ao crédito consignado. Ela espera agora receber os 10% de aumento dados no mês passado. A fábrica de lustres do marido também vai ganhando mercado, o que lhe permite investir em cursos para ela e o filho Thiago, de 10 anos:
- Fiz cursos para a prova da OAB, e meu filho está matriculado no inglês. Estou confiante de que as coisas vão continuar melhorando. A folga na renda está me permitindo estudar mais.
Outro instituto de pesquisa, o LatinPanel, ligado ao Ibope, também viu crescer a fatia da classe C, a faixa intermediária da sua classificação (considera o consumo de famílias que ganham de quatro a dez saláriosmínimos). Na média de 2005, esses domicílios representavam 33% do consumo total no país. Em abril deste ano, a faixa subiu para 38%.
19 maio 2006
Até ele seria melhor que o Alckmin...
"O Brasil está desintegrado e perdeu seus valores cívicos. É ridículo falar isso mas o Brasil só acredita na camisa da seleção, que é símbolo de vitória. É um país que só conheceu derrotas. Derrotas sociais...Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa.
E que deu entrevistas geniais para o seu jornal. Não há nada mais dramático do que as entrevistas da Folha [com socialites, artistas, empresários e celebridades] desta quarta-feira. Na sua linda casa, dizem que vão sair às ruas fazendo protesto. Vai fazer protesto nada! Vai é para o melhor restaurante cinco estrelas junto com outras figuras da política brasileira fazer o bom jantar.
Nossa burguesia devia é ficar quietinha e pensar muito no que ela fez para este país.
Onde? Na formação histórica do Brasil. A casa grande e a senzala. A casa grande tinha tudo e a senzala não tinha nada. Então é um drama. É um país que quando os escravos foram libertados, quem recebeu indenização foi o senhor, e não os libertos, como aconteceu nos EUA. Então é um país cínico. É disso que nós temos que ter consciência. O cinismo nacional mata o Brasil. Este país tem que deixar de ser cínico. Vou falar a verdade, doa a quem doer, destrua a quem destruir, porque eu acho que só a verdade vai construir este país.
O que eu vi [nas entrevistas para a Folha] foram dondocas de São Paulo dizendo coisinhas lindas. Não podiam dizer tanta tolice. Todos são bonzinhos publicamente. E depois exploram a sociedade, seus serviçais, exploram todos os serviços públicos. Querem estar sempre nos palácios dos governos porque querem ter benesses do governo. Isso não vai ter aqui nesses oito meses. A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações."
governador de São Paulo, membro do PFL, ex-presidente do ARENA, mostrando, em entrevista para a Folha, que até mesmo ele tem mais sensibilidade social que Geraldo Alckmin.
15 maio 2006
08 maio 2006
Nota da AEPET sobre o gás da Bolívia
04 maio 2006
Presidentes se solidarizam com Morales na Argentina
Os presidentes de Brasil, Argentina e Venezuela manifestaram solidariedade à iniciativa do presidente Evo Morales, que nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos de seu país. Após três horas de reunião, os líderes apresentaram uma carta sobre o impasse criado desde o decreto 28.701, anunciado segunda-feira por Morales.Vale a pena conferir, também, o editorial A crise na Bolívia e os pretensos nacionalistas.
Como se observa, a repugnante manipulação dos falsos nacionalistas tem outros motivos. Visa desgastar o governo Lula num ano eleitoral, implodir as negociações para a integração soberana da América Latina e ressuscitar a Alca – o projeto neocolonial dos EUA.
O índio está certo
Uma coleira na Bolivia - Sobre a expulsão da siderurgica de Eike Batista.
Ele corrompeu miseráveis autoridades locais e conseguiu autorização “municipal” para instalar os fornos e queimar madeira. Mas a Constituição da Bolívia já proibia empresas estrangeiras na fronteira e a legislação boliviana do meio ambiente não permite fazer carvão queimando madeira
Chegou o novo governo de Evo Morales e proibiu os fornos de carvão vegetal. Eike, como um senhorzinho espanhol dos tempos coloniais, distribuiu dinheiro com os miseraveis e promoveu manifestações populares “em defesa dos empregos” (a compra da vegetação do pantanal para queimar nos fornos).
Logo a imprensa brasileira, que se baba por um jabá, transformou o Eike Batista em novo heroi da Pátria, um ultrajado Tiradentes com pescoço de dólar. E TVs histericas, editoriais hidrófobos e jornalistas espertos uns e incautos outros passaram a pregar a invasão da Bolívia pela Pátria ofendida.
O indio está certo - sobre a nacionalização dos recursos naturais da Bolívia.
Essa nacionalização do petróleo e do gás boliviano, agora decretada pelo presidente da Bolívia, é um dos capítulos mais deprimentes da grande imprensa brasileira. Como sempre a serviço de alguém, tomando dinheiro de alguém, grandes televisões, revistas e jornais brasileiros passaram tres meses mentindo, enganando, para agradar as empresas internacionais de petróleo e gás, inclusive a Petrobrás, que exploram petróleo e gás na Bolívia.